Os espiritistas cristãos devem pensar muito na iluminação de si mesmos, antes de qualquer prurido, no caso de conversão dos outros.
E, em se tratando dos homens destacados no convencionalismo terrestre, esse cuidado deve ser ainda maior, porquanto existe no mundo um conceito soberano de “força” para todas as criaturas que se encontram nos embates espirituais para a obtenção dos títulos de progresso.
Essa “força” viverá entre os homens, até que as almas humanas se compenetrem da necessidade do reino de Jesus em seus corações, trabalhando por sua realização plena.
Os homens do poder temporal, com exceções, muitas vezes, aceitam apenas os postulados que a “força” sanciona ou os princípios com que a mesma concorda. Enceguecidos, temporariamente, pelos véus da vaidade e da fantasia que a “força” lhes proporciona, faz-se mister deixá-los em liberdade nas suas experiências.
Dia virá em que brilharão sobre a Terra os eternos direitos da verdade e do bem, anulando essa “força” transitória.
Ainda aqui, tendes o exemplo do Divino Mestre, que trazendo ao orbe a maior mensagem de amor e vida, para todos os tempos, não teve a preocupação de converter ao Evangelho os Pilatos e os Antipas do seu tempo.
Além do mais, o Espiritismo, na sua feição de Cristianismo redivivo, não deve nutrir a pretensão de disputar um lugar no banquete dos Estados do mundo, quando sabe muito bem que a sua missão divina tem de se cumprir junto das almas, nos legítimos fundamentos da Reino de Jesus.
Emmanuel
[1] Essa mensagem, diferindo nas palavras marcadas, é a resposta à questão 361 do livro “O Consolador” publicado pela FEB em 1940. — Esse capítulo foi restaurado: Texto restaurado.