1 A guerra será um desequilíbrio determinado por Deus?
Em hipótese alguma. Deus poderia ser considerado autor de desequilíbrios, quando constitui para nós outros a Harmonia Suprema?
2 O flagelo da destruição representa o mais alto desequilíbrio dos homens. Constituem seus instintos ferozes desencadeados, sua criminosa indiferença para com os poderes eternos, a resultante da tirania de suas leis.
3 Busquemos figurar a solução para entendimento mais vasto.
O planeta é uma grande escola, onde o Espírito humano efetua um curso de aperfeiçoamento. 4 O Senhor do Universo permite que os alunos organizem os regulamentos do enorme educandário à sombra de Suas Leis inelutáveis. 5 Eis que os discípulos se revoltam, disputam hegemonias injustificáveis, encarceram-se em concepções absurdas no capítulo da política, da filosofia, da religião. Surgem os atritos imensos. Depois do império da ambição, é o império da morte.
6 Quem poderia atribuir a Deus a desarmonia destruidora?
Contra os que ousassem afirmá-lo, teremos a visão permanente das Leis Eternas, junto às quais Deus não permitiu a intervenção dos filhos inquietos.
7 Por mais que as nações se empenhem nos embates sangrentos, o sol continuará prestando benefícios a todos, indistintamente, o frio e a chuva chegarão a seu tempo, flores e frutos surgirão ao lado das batalhas. 8 Ainda que todos os milhões de alunos da grande escola marchassem uns contra os outros, ela continuaria equilibrada para todos, oferecendo a sagrada oportunidade que os discípulos ainda não chegaram a compreender. 9 Vede, pois, a grande leviandade dos que ousam atribuir a Deus o movimento de incompreensão e ignorância das criaturas.
Emmanuel
[1] O título (entre parêntesis) é o mesmo da mensagem original, diferindo nas palavras marcadas, esse capítulo é apenas parte da mensagem original publicada pela editora Vinha de Luz na 70ª lição do livro “Cartas do Alto.” — Esse capítulo foi restaurado: Texto restaurado.