Ainda que te encontres inteiramente penhorado à Justiça, à face dos débitos em que te resvalaste até ontem, lembra-te de que o Amor Infinito do Pai Celestial te concede a bênção do “hoje” para que possas solver e renovar.
O penitenciário na grade que o exclui do convívio doméstico pode, por seu comportamento, gerar a compaixão e a simpatia daqueles que o observam, caminhando com mais segurança no retorno à própria libertação.
O enfermo algemado ao catre do infortúnio, pelo respeito com que recebe os Desígnios Divinos, pode amealhar preciosos valores em auxílio à cooperação, em favor da própria tranquilidade.
E ambos, o prisioneiro e o doente, no esforço de reconquistar-se, pela nobreza com que recolhem as dores das próprias culpas, estendem a outras almas os benefícios que já entesouraram.
Recorda [assim,] que o dia de melhorar é este mesmo em que nos achamos, uns à frente dos outros, respirando o mesmo clima de regeneração e de luta.
Nem ontem, nem amanhã, mas agora…
Agora é o momento de levantar os caídos e os tristes, e de amparar os que padecem o frio da adversidade e a tortura da expiação…
Agora, é o instante de revelar paciência com os que se tresmalharam no erro, de cultivar humildade à frente do orgulho e devotamento fraternal diante da insensatez…
Ainda que tudo te pareça na atualidade terrestre, sombra e derrota, cadeia e desalento, ergue a Deus o teu coração em forma de prece e roga-Lhe forças para fazer Luz e confiança onde a treva e o desespero dominam, porque se ontem foi o tempo de nossa morte na queda, hoje é o dia de nossa abençoada ressurreição.
Emmanuel
[1] Essa mensagem, diferindo nas palavras marcadas e [entre colchetes], foi publicada originalmente em janeiro de 1989 pelo IDE e é a 18ª lição do livro “Indulgência.” — Esse capítulo foi restaurado: Texto restaurado.