Para que possamos movimentar a fé no plano exterior, é indispensável venhamos a possuí-la, ainda mesmo na diminuta proporção de uma semente de mostarda, † no solo do próprio espírito.
[Assim, pois,] é necessário arrotear a terra seca e empedrada de nosso mundo interior para ambientar no coração essa planta divina.
A vida é qual fazenda valiosa de que somos usufrutuários felizes; mas não podemos aprimorá-la ou enriquecê-la, confiando-nos à preguiça ou à distração.
O proprietário da vinha não cederia ao lavrador uma enxada com destino à ferrugem.
A gleba das possibilidades humanas, em nossas mãos, reclama trabalho incessante [e incansável boa vontade].
[É] imperioso arredar do campo da própria alma, os calhaus da indiferença e drenar, na vasta extensão de nossos desejos, os charcos possíveis da ociosidade e do desânimo.
Serpes traiçoeiras e vermes daninhos ameaçam-nos a sementeira de elevação, por todos os lados, e detritos de variada natureza tentam sufocar instintivamente os [germens de] nossos pequeninos impulsos para o bem.
[É] necessário, [assim,] alterar a paisagem de nossa vida íntima, para que a fé viva nasça e se desenvolva em nossos destinos, por gradativo investimento de força transformadora e criativa, dotando-nos de abençoadas energias para as nossas realizações de ordem superior.
“Se tiveres fé no simples tamanho dum grão de mostarda” — disse-nos o Senhor — “adquirireis o poder de transportar montanhas.” ( † )
Aproveitemos, [desse modo,] a luta e a dificuldade que a experiência nos oferece, cada dia, e habilitar-nos-emos a converter as sombras da antiga animalidade, que muitas vezes ainda nos domina, em [divina] luz da espiritualidade santificante para a nossa ascensão à vida excelsa.
Emmanuel
[1] Essa mensagem, diferindo bastante nas palavras marcadas e [entre colchetes] foi publicada em junho 1955 pela FEB no Reformador e é também a 301ª lição do 1º volume do livro “O Evangelho por Emmanuel.” — Esse capítulo foi restaurado: Texto restaurado.