Ama sempre para que possas compreender sempre mais.
Muitas vezes, no mundo, ensandecemos o cérebro e envenenamos o coração, indagando se proveito quanto aos problemas que afligem os grandes e os pequenos, [os ricos e os pobres], os felizes e os infelizes.
Entretanto, bastaria um raio de amor no imo d’alma para entendermos a profunda união em que nos imanizamos uns aos outros.
Ajuda antes de qualquer indagação.
Não peças diretrizes à Vida Superior, antes de haver praticado a fraternidade no círculo [acanhado] de criaturas em que [ainda] te encontras.
A Terra é a nossa escola multimilenária, onde o amor é o Sol para as mínimas lições.
Descerra o espírito à [sua] claridade dessa luz e perceberás a dor que, muitas vezes, se agita sob vestes douradas e observarás o brilho da vida que, em muitas ocasiões, se destaca sob andrajos e sombras.
Oferece-lhe a mente e aprenderás que alegria e sofrimento, escassez e abastança, segurança e instabilidade na Terra não passam de oportunidades preciosas para a nossa elevação espiritual.
Não te esqueças de que somente aquele que se faz irmão do próximo pode soerguê-lo-á mais altos destinos.
O nosso verbo pronunciará eloquentes discursos.
A nossa pena escreverá páginas comovedoras.
A nossa influência social [e política] assegurar-nos-á subido destaque na vida pública.
As nossas facilidades econômicas garantir-nos-ão transitório respeito entre as criaturas. Todavia, que será de nós sem o tesouro da compreensão que apenas o amor nos pode conferir?
Mais amor em nossas atividades de cada dia é solução gradativa a todos os enigmas que nos cercam.
Só a luz é capaz de extinguir a sombra.
Só a sabedoria aniquila a ignorância.
Só o amor redime, vitoriosamente, a miséria.
Não nos abeiremos da revelação, simplesmente indagando, pedindo, reclamando.
Aprendamos a trabalhar e servir.
Amemo-nos uns aos outros e uma luz nova brotará no terreno vivo de nossa alma, constrangendo-nos a sentir que só o trabalho no serviço ao próximo é capaz de conduzir-nos à comunhão com a verdadeira felicidade, que decorre de nosso ajustamento às Leis Celestiais.
Emmanuel
[1] Essa mensagem, diferindo nas palavras marcadas e [entre colchetes] foi publicada em fevereiro 1957 pela FEB no Reformador e é também a 133ª lição do 4º volume do livro “O Evangelho por Emmanuel.” — Esse capítulo foi restaurado: Texto restaurado.