Apostilas da Vida — André Luiz


21 (A)

Súplica n

(Em oração)

[…]

Pai, acende a tua divina luz em torno de todos aqueles que te olvidaram a bênção nas sombras da caminhada terrestre.


Ampara aos que se esqueceram de repartir o pão que lhes sobra na mesa farta.


Auxilia aos que não se envergonham de ostentar felicidade ao lado da penúria e do infortúnio.


Socorre aos que não se lembram de agradecer aos benfeitores que lhes apoiam a vida.


Compadece-te daqueles que dormiram nos pesadelos da delinqüência, transmitindo herança dolorosa aos que iniciam a jornada humana.


Levanta os que olvidaram a abnegação no serviço ao próximo.


Apieda-te do sábio que ocultou a inteligência entre as quatro paredes do paraíso doméstico.


Desperta os que sonham com o domínio do mundo, desconhecendo que a existência no corpo físico é simples minuto entre o berço e o túmulo, à frente da imortalidade.


Ergue os que caíram vencidos pelo excesso de conforto material


Corrige os que espalham a tristeza e o pessimismo [entre os semelhantes.]


Perdoa aos que recusaram a oportunidade de pacificação e marcham disseminando a revolta e a indisciplina.


Intervém a favor de todos os que se acreditam detentores de fantasioso poder e supõem loucamente absorver-te os juízos, condenando os próprios irmãos.


Acorda as almas distraídas que envenenam o caminho alheio, com a agressão espiritual dos gestos intempestivos.


Estende paternas mãos a todos os que olvidarem a sentença da morte renovadora da vida que a tua lei lhes gravou no corpo precário.


Esclarece aos que se perderam nas sombras do ódio e da vingança, da ambição desregrada e da impiedade fria que se acreditam poderosos e livres quando não passam de escravos dignos de compaixão diante de teus desígnios.


Eles todos, Pai, qual já sucedeu a tantos de nós, são delinqüentes que escapam aos tribunais da Terra, mas estão assinalados por tua justiça soberana e perfeita, por atos lamentáveis de deserção e indiferença, perante o Infinito Bem.
Assim Seja.

[…]


André Luiz



[1] Na 1ª edição desse livro o 21º capítulo intitula-se “Súplica”, já na 2ª edição do mesmo livro o último capítulo foi substituído por outra mensagem intitulada “Tudo é Amor.” A presente mensagem é de Neio Lúcio e não de André Luiz. O título entre parênteses é o mesmo da mensagem original e seu conteúdo, diferindo nas palavras marcadas e [entre colchetes], foi publicado em 1950 pela FEB e é a 50ª lição do livro “Jesus no lar.” — Esse capítulo foi restaurado: Texto restaurado.


Texto extraído da 1ª edição desse livro.

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