[…]
— Pai, acende a tua divina luz em torno de todos aqueles que te olvidaram a bênção nas sombras da caminhada terrestre.
Ampara aos que se esqueceram de repartir o pão que lhes sobra na mesa farta.
Auxilia aos que não se envergonham de ostentar felicidade ao lado da penúria e do infortúnio.
Socorre aos que não se lembram de agradecer aos benfeitores que lhes apoiam a vida.
Compadece-te daqueles que dormiram nos pesadelos da delinqüência, transmitindo herança dolorosa aos que iniciam a jornada humana.
Levanta os que olvidaram a abnegação no serviço ao próximo.
Apieda-te do sábio que ocultou a
inteligência entre as quatro paredes do paraíso doméstico.
Desperta os que sonham com o domínio do mundo, desconhecendo que a
existência no corpo físico é simples minuto
entre o berço e o túmulo, à frente da imortalidade.
Ergue os que caíram vencidos pelo
excesso de conforto material
Corrige os que espalham a tristeza e
o pessimismo [entre os semelhantes.]
Perdoa aos que recusaram a oportunidade de pacificação e marcham disseminando a revolta e a indisciplina.
Intervém a favor de todos os que se
acreditam detentores de fantasioso poder e
supõem loucamente absorver-te os juízos,
condenando os próprios irmãos.
Acorda as almas distraídas que envenenam o caminho alheio, com a agressão espiritual dos gestos intempestivos.
Estende paternas mãos a todos os
que olvidarem a sentença da morte renovadora da vida que a tua lei lhes gravou no corpo precário.
Esclarece aos que se perderam nas
sombras do ódio e da vingança, da ambição
desregrada e da impiedade fria que se acreditam poderosos e livres quando não passam de
escravos dignos de compaixão diante de teus
desígnios.
Eles todos, Pai, qual já sucedeu a tantos de nós, são delinqüentes que escapam aos
tribunais da Terra, mas estão assinalados por
tua justiça soberana e perfeita, por atos lamentáveis de deserção e indiferença, perante
o Infinito Bem.
Assim Seja.
[…]
André Luiz
[1] Na 1ª edição desse livro o 21º capítulo intitula-se “Súplica”, já na 2ª edição do mesmo livro o último capítulo foi substituído por outra mensagem intitulada “Tudo é Amor.” A presente mensagem é de Neio Lúcio e não de André Luiz. O título entre parênteses é o mesmo da mensagem original e seu conteúdo, diferindo nas palavras marcadas e [entre colchetes], foi publicado em 1950 pela FEB e é a 50ª lição do livro “Jesus no lar.” — Esse capítulo foi restaurado: Texto restaurado.