Não obstante pequena e leve, a língua é, indubitavelmente, um dos fatores determinantes no destino das criaturas.
Ponderada — favorece o juízo.
Leviana — descortina a imprudência.
Alegre — espalha otimismo.
Triste — semeia desânimo.
Generosa — abre caminho à elevação.
Maledicente — cava despenhadeiros.
Gentil — provoca o reconhecimento.
Atrevida — atrai o ressentimento.
Serena — produz calma.
Fervorosa — impõe confiança.
Descrente — invoca a frieza.
Bondosa — auxilia sempre.
Descaridosa — fere sem perceber.
Sábia — ensina.
Ignorante — complica.
Nobre — cria o respeito.
Sarcástica — improvisa o desprezo.
Educada — auxilia a todos.
Inconsciente — gera desequilíbrio.
Por isso mesmo, exortava Jesus: — “Não procures o argueiro nos olhos de teu irmão, quando trazes uma trave nos teus”. ( † ) ( † )
A língua é a bússola de nossa alma, enquanto nos demoramos na Terra.
Conduzamo-la na romagem do mundo para a orientação do Senhor, porque, em verdade, ela é a força que nos abre as portas do nosso coração às fontes da vida ou às correntes da perturbação e da morte.
André Luiz
[1] O título entre parênteses é o mesmo da mensagem original e seu conteúdo, diferindo nas palavras marcadas, foi publicado em 1982 pela editora CEU e é a 18ª lição do livro “Endereços da paz.” — Esse capítulo foi restaurado: Texto restaurado.