Não te despreocupes do trabalho do bem, se desejas sinceramente a própria tranquilidade em nível superior.
Realmente, o Pai Misericordioso perdoa as nossas faltas, [todavia,] não à maneira de um ditador terrestre que espalha favores e privilégios, segundo os caprichos que lhe são próprios, mas sim oferecendo os recursos substanciais de reparação imprescindível ao reajuste.
É por isso que a reencarnação, significando desculpa do passado obscuro ou delituoso é também imposição de trabalho reconstrutivo…
O amor é a bênção da vida, mas nunca brilhará para as criaturas sem o pedestal da justiça.
Se feriste a alguém, procura o bálsamo que cicatrize as chagas de teu irmão, enquanto te encontras a caminho com ele na Terra.
Se perturbaste a paz do próximo, diligencia apressado, a corrigenda precisa, enquanto a possibilidade de reparação te felicita os próprios passos.
É sempre mais difícil encontrar no vale da morte os dons menosprezados pelo próprio relaxamento.
O corpo é a escola sagrada e veneranda onde somos situados, transitoriamente, uns à frente dos outros, para a recuperação de nós mesmos, nos alicerces das Leis Divinas.
O perdão sem trabalho expiatório ou sem sacrifício regenerador é simples utopia do fanatismo religioso.
Ergue-te, assim, para a vida, busca a tua bem-aventurada posição de auxiliar e elege o trabalho no bem por tua diretriz incessante.
Pela prestação de serviço ao próximo, em bases de renúncia e boa vontade, adquirirás a riqueza da simpatia, e, pelas sendas da simpatia, atingirás a grande fraternidade que, um dia, te coroará de luz a fronte então redimida de irmão e de herói.
Emmanuel
[1] Essa mensagem, diferindo nas palavras marcadas e [entre colchetes], foi publicada originalmente em 1984 pela editora IDEAL e é a 16ª lição do livro “Tocando o barco.” — Esse capítulo foi restaurado: Texto restaurado.