Repara a Tolerância Celeste em derredor de teus passos…
Em todo o chão que pisas, há louvor à esperança.
Aqui, é a vergôntea frágil que se fará ramo forte, ali é o fruto verde buscando amadurecer.
Além, é a gleba seca aguardando o adubo em formação para cobrir-se de flores e, mais além, é o corpo triste do charco esperando a drenagem que dele fará terra útil.
Nem pressa, nem violência.
Em toda faixa de solo, é a paciência das horas com o auxílio incessante da Natureza.
Vale-se, assim, da lição para entender e servir.
Não disputes a condição daquele que se esconde na carapaça do próprio orgulho para exclamar: — “eu perdoo”, exibindo virtudes imaginárias.
Acalma-te, cada dia, ao pé de cada ofensa e auxilia o melhor que possas.
Lembra-te de que tanto ocorrem mazelas na mente quanto chagas no corpo.
E pensa que, se há moléstias visíveis, medicáveis em tempo próprio, enfermidades ocultas podem surgir adentro do cosmo orgânico, flagelando sentimentos e aspirações, sem possibilidade de serem vistas para o socorro adequado.
Assim, diante da falência ou da deserção, do golpe ou da crueldade, silencia e socorre sempre, para que mais tarde, nos óbices do caminho, não te faltem luz e visão ante a probabilidade da queda nos mesmos erros.
Só o amor consegue cobrir a multidão de nossas deficiências. ( † )
Sobretudo, recorda que, se te não é possível improvisar o heroísmo ou a santidade em ti mesmo, podes compreender e servir, para que, por tua bondade e entendimento de hoje, se faça a vida amanhã mais elevada e melhor.
Emmanuel
[1] Essa mensagem, diferindo nas palavras marcadas, foi publicada originalmente em 1989 pela editora GEEM e é a 12ª do livro “Semeador em tempos novos.” — Esse capítulo foi restaurado: Texto restaurado.