1 Querida mãezinha Therezinha e meu querido papai Raimundo, n abençoem-me.
2 Não tomarei muito tempo.
Escrevo especialmente à mamãe Therezinha, pedir para ela calma e paciência.
3 Mamãe as lutas são nossas, não desanime. O Raimundinho se reajustará plenamente. Auxiliemo-lo com as nossas orações silenciosas para que esteja em rumo certo.
Não convém traçar muitas normas para o rapaz a que cabe escolher o próprio futuro. Por seu gosto, ele estaria colado ao lar com todos os seus entes queridos, tamanho o seu devotamento de mãe. No entanto, e de nossa parte devemos acompanhá-lo em nossas preces com as nossas vibrações hipotecando-lhe confiança. A vida tem disso. E o homem não pode ao menos temê-la.
4 Em seus dias de tristeza use trabalho e coragem que se transforma em bênçãos fora ou em casa.
5 Lutas e provações?
Usemos trabalho e coragem a fim de vencê-las. n
6 Pedras e espinhos na moradia?
Mais trabalho e mais coragem, cada dia.
7 Desilusões e mágoas?
Novamente coragem e trabalho escorando-nos em caminho, a fim de seguirmos para a frente com equilíbrio e segurança.
8 A nossa Carmem Radige, o nosso Carlos Ronaldo, a nossa Patrícia, n prosseguem muito bem. Agradeçamos a Deus e caminhemos.
9 Mamãe Therezinha, muito grato pelas suas flores e por suas preces em meu favor no dia do meu aniversário novo neste mês. Estive presente em casa na data em que se completaram cinco anos sobre a minha liberação do corpo físico. Partilhei de suas lembranças e acompanhei o seu encontro em sonho com a vovó. Tanta felicidade sobre nós e vejo-a abatida e amargurada, sempre.
10 Saia mãezinha do poço de melancolia e aqueçamos o nosso coração com as flamas de nossa fé em Deus.
11 Deixo ao papai Raimundo o meu abraço de sempre, rogando-lhe acolher com a mamãe e com todos os meus irmãos os meus votos de muita saúde e paz, alegria e fortaleza de ânimo para que possamos estar sempre juntos.
12 Perdoe-me querida mamãe Therezinha, por haver interferido em seus pensamentos, podando-lhe a tristeza e guarde consigo o coração do seu filho, sempre o mesmo Claudinho, companheiro e servidor, e sempre o filho da sua saudade e do seu coração.
Claudinho n
16.03.1985.
[1] No livro impresso: “a fim de nem vê-las.”