5. Almas enfraquecidas, que tendes, muitas vezes, sentido sobre a fronte o sopro frio da adversidade, que tendes vertido muitos prantos nas jornadas difíceis, em estradas de sofrimentos rudes, buscai na fé os vossos imperecíveis tesouros!
Bem sei a intensidade da vossa angústia e sei de vossa resistência ao desespero. Ânimo e coragem! No fim de todas as dores, abre-se uma aurora de ventura imortal; dos amargores experimentados, das lições recebidas, dos ensinamentos conquistados à custa de insano esforço e de penoso labor, tece a alma sua auréola de eternidade gloriosa; eis que os túmulos se quebram e da paz cheia de cinzas e sombras, dos jazigos, emergem as vozes comovedoras dos mortos. Escutai-as!… Elas vos dizem da felicidade do dever cumprido, dos tormentos da consciência nos desvios das obrigações necessárias.
Orai, trabalhai e esperai. Palmilhai todos os caminhos da prova com destemor e serenidade. As lágrimas que dilaceram, as mágoas que pungem, as desilusões que fustigam o coração, constituem elementos atenuantes da vossa imperfeição no tribunal augusto, onde pontifica o mais justo, magnânimo e íntegro dos juízes. Sofrei e confiai que o silêncio da morte é o ingresso para uma outra vida, onde todas as ações estão contadas e gravadas as menores expressões dos nossos pensamentos.
Amai muito, embora com amargos sacrifícios, porque o amor é a única moeda que assegura a paz e a felicidade no Universo.
Emmanuel
[1] O título entre parênteses é o mesmo da mensagem original: Às almas
enfraquecidas; e o excerto aqui reproduzido, que é o Item 5 da referida
mensagem, possui o mesmo subtítulo: “Aos enfraquecidos na luta.” Seu conteúdo, diferindo nas palavras marcadas, foi publicado originalmente em 1937 pela FEB e é a 1ª lição do
livro “Emmanuel.” — Esse capítulo foi restaurado: Texto do livro impresso.