O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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Viajaram mais cedo — Familiares diversos


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Ricardo Carvalho de Mello

Guaxupé (MG), 22 de abril de 1960.
São Paulo (SP), 08 de novembro de 1981.

Aluno de Ciências Econômicas da PUC - Pontifícia Universidade Católica de São Paulo e funcionário do Banco Itaú S.A.

Com os quatro irmãos, Roberto, Regina, Renato e Reinaldo, formava o “quinteto dos R” do casal Norailde de Mello e Izabel Carvalho de Mello.




DEPOIMENTO


Para mim, esta mensagem veio reiterar minha acendrada fé em Deus e trazer a esperança-certeza de que todos novamente estaremos juntos mais tarde.


Izabel Carvalho de Mello




MENSAGEM


1 Querido papai Norailde e querida mãezinha Izabel, abençoem-me.

2 Escutei hoje as referências tristes do papai com relação a minha ausência das mensagens obtidas na noite de ontem. Acontece, papai, que vou me reconstituindo muito pouco a pouco.  n

3 Felizmente a volta à Vida Espiritual, que seu filho igualmente não esperava fosse tão cedo, se desdobrou com os contratempos naturais dessas ocasiões.

4 A ausência de mim mesmo, no torpor que me abateu inteiramente e, depois, a retomada do pensamento próprio no qual a saudade era o tema central de tudo o que eu mais queria…

5 Ansiava retornar ao seu convívio, ao carinho da mamãe Izabel, do Roberto, da Regina, do Renato e do Reinaldo, qual se estivesse lesado por dentro, com seis feridas abertas.

6 Reconhecer-me em vida diferente, sem que eu suscitasse qualquer pedido, me assustava. Acreditava-me na condição de vítima de grave despojamento, até que a vovó Filomena  n me apareceu, instruindo-me.
Desde então, vou acumulando energia para aceitar a transformação.

7 As saudades guardam o mesmo peso e a sua bondade e a bondade de mamãe Izabel confirmarão comigo em minha opinião; creiam, no entanto, que venho trabalhando quanto posso a fim de modificar-me, e espero ser-lhes útil tão logo me veja mais integrado na existência por aqui.

8 Peço coragem aos pais queridos para que os irmãos igualmente não a percam.
Estou transformado mas não ausente.

9 E quando puder estarei com a família a desfazer-me em serviço a cada um dos nossos, com o que reencontrarei mais alegria de viver.

10 Tudo passou sem que eu deseje acentuar as marcas que me ficaram e sei que um novo dia está raiando em meu favor.

11 Querido papai Norailde, perdoe-me se voltei de repente, sem meios de lhe falar do que ocorria.
O seu coração paternal se lembrará de que sempre lhe transmiti as minhas impressões reais do caminho e da vida. 12 Mas a morte não fornece avisos prévios e regressei com essa ansiedade, crendo-me faltoso consigo e com a mãezinha Izabel que amo tanto…
Com o tempo reajustaremos todos os assuntos nossos, colocando em dia cada minudência.

13 Agradeço tudo o que vem fazendo pelos órfãos. Este caminho da transformação da saudade em serviço aos nossos semelhantes será sempre o melhor.

14 O Senhor nos auxiliará.
Perdoem-me pelas lágrimas que lhes dei sem nenhuma intenção de ferir os pais queridos e os queridos irmãos.

15 A vovó Filomena vem em minha companhia e me auxilia a escrever estas linhas.
Espero que a família compreenda as minhas dificuldades para lidar com as letras. O meu tempo aqui é ainda muito estreito, mas estou feliz com o ensejo de lhes endereçar as minhas notícias.

16 Sou o “R” agora ausente, mas sem esquecer os outros quatro: Regina, Roberto, Renato e Reinaldo, os irmãos queridos aos quais abraço.

17 Com a bênção da vovó Filomena para a nossa família, sou como sempre o filho desejoso de trabalhar para progredir e de estudar para saber.

18 Sempre o filho agradecido,

Ricardo

Ricardo Carvalho de Mello

24.04.1982.    


Caio Ramacciotti

Paulo de Tarso Ramacciotti



[1] Ricardo faz referência ao comentário que o pai fez com o irmão, pelo fato de não ter recebido a mensagem na reunião do dia anterior. Este comentário foi feito à tarde e, na noite do mesmo dia, Ricardo trouxe-nos esta bela carta mediúnica.

[2] Filomena Bertaglia Muniz, avó materna, desencarnada em 1962.


Texto extraído da 1ª edição desse livro.

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