O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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Viajaram mais cedo — Familiares diversos


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Evaldo Zamboni

São Paulo (SP), 04 de setembro de 1958.
São Bernardo do Campo (SP), 21 de abril de 1984.

Filho de José Zamboni e de Glória Paschoa Amaro Zamboni, complementam sua constelação familiar a irmã, Valéria Zamboni de Carvalho, o cunhado, Rubens da Silva Carvalho, e os sobrinhos, Caio e Vivian Zamboni de Carvalho.

Sobre ser um jovem muito espiritualizado, bom filho e amigo dedicado, apreciava muito a leitura de livros espíritas.




DEPOIMENTO


A mensagem fez muito bem para os meus genitores.

Para o meu pai, de modo especial, a citação de familiares que o Evaldo faz em sua carta mediúnica foi muito importante, já que o fato de Chico Xavier ignorar os nomes nela lembrados deixou nosso querido pai muito surpreso, pois ele não tinha maior familiaridade com o Espiritismo.

A saudade permanece, mas temos, agora, certeza de que Evaldo continua vivendo, após o acidente que o levou de nosso convívio familiar.


Valéria Zamboni de Carvalho

(Irmã do Evaldo)   




MENSAGEM


1 Querido papai e querida mãezinha Glória, peço-lhes que me abençoem.

2 Estou melhorando. Estas palavras são as que me definem as condições espirituais, porquanto, ainda me sinto revoltado quando me lembro que o acidente me colheu justamente no dia em que me habilitava para organizar o meu noivado.  n

3 Perdoem-me todos se aconteceu o inesperado. Quando o choque havido na máquina se abateu sobre mim, inutilmente procurei pelo cunhado, porque minha capacidade de movimentação estava morta.  n

4 Um desmaio compulsório me tomou as energias e só despertei muito tempo depois, ao lado da vovó Fortunata e da vovó Judith que tentavam me consolar.  n

5 A noção imediata de que havia perdido o corpo físico estava acesa dentro de mim. Sentia-me num corpo igual ao meu, como se trouxesse um xerox de minha forma física, na intimidade de mim mesmo.

6 Lembrar-se-ão os pais queridos que a rebeldia não era qualidade que me interessasse, no entanto, saber que deixava a nossa Edisseia em plena frustração me acabrunhava.  n

7 A luta comigo mesmo se fez quase selvagem, mas as palavras amigas da vovó Fortunata me auxiliaram e aquelas orações, repletas de amor, me transformaram o íntimo. Muito pouco a pouco, renovei-me, de vez que me via à frente do irremediável.

8 As lágrimas da noiva querida e a dor dos pais que eu amo tanto me quebravam o ânimo de homem, mas sinto-me com a fé em Deus no coração e em Deus confio, quanto ao futuro de nossa querida Edisseia que merece a felicidade que o Céu lhe doará, já que minha provação era tudo deixar e recomeçar as minhas experiências, de novo, na Vida Espiritual. A ela, menina por todos os títulos digna da ventura que ambos sonhamos, os meus votos de coragem e alegria.

9 Os dias se sucedem uns aos outros e, com os dias, as renovações necessárias se fazem naturalmente.

10 Peço aos queridos pais me desculpem se tantos planos novos esbarraram no espaço estreito de uma árvore e de uma pequena casa, aniquilando-nos os projetos.  n

11 Espero melhorar-me futuramente mais do que nos dias de agora e então lhes serei útil como desejo.

12 Agradeço as orações de todos os nossos, notadamente as da Valéria, em meu benefício, e conto com semelhantes bênçãos em favor do meu revigoramento.

13 A vovó Fortunata e a tia Antônia,  n que me fazem companhia, consideram que devo terminar o que faço resignadamente, à falta de expressões que me traduzam com mais clareza os sentimentos desta hora e, peço a Deus, os recompensem pelo amparo que me trazem.

14 Muito respeito e muito amor do filho que guardará o carinho sempre no coração,


Evaldo Zamboni

23.11.1984.    


Caio Ramacciotti

Paulo de Tarso Ramacciotti



[1] Evaldo faleceu no dia marcado para o seu noivado.

[2] O cunhado Edeu (Edeuses Davi) dirigia o veículo quando do acidente que vitimou Evaldo. Em outra mensagem recebida pelo Chico e que consta deste livro, Evaldo chama o irmão de sua noiva pelo  apelido de Edeu, nome que, quais os demais lembrados nesta mensagem, Chico Xavier ignorava completamente.

[3] Respectivamente, Fortunata Bellino Amaro e Judith Zamboni, avó materna e bisavó paterna, já desencarnadas, em 1975 e 1924.

[4] A noiva, Edisseia Davi.

[5] Evaldo sonhava muito em construir uma casa que lhes servisse de ninho após o casamento.

[6] Antônia Justina Amaro, tia materna, falecida em 1949.


Texto extraído da 1ª edição desse livro.

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