1 Amigos:
Tendes observado os poderes do pensamento.
Exibições vivas. Demonstrações e estudos.
2 Não nos iludamos quanto à necessidade do burilamento espiritual, em se tratando de realizações coletivas, para conquistarmos na Terra o domínio dessas forças.
3 Consideremos que por agora, no Plano Físico, somos criaturas nem sempre harmoniosamente afinadas umas com as outras.
4 Se milhares de inteligências se unirem na atualidade, numa faixa única de sintonia, sem o aperfeiçoamento a que nos reportamos, o que seria das comunidades terrestres se as projeções de energia mental concentrada se fixassem nos assuntos de hegemonia ou destruição?
5 O ensinamento de que se nos clareia o raciocínio atinge por analogia os nossos problemas de intercâmbio, entre os dois lados da vida.
6 Vejamos o assunto entre as criaturas na experiência física e aquelas outras que as ocorrências da morte situam no Mais Além, todas elas no mesmo gabarito sentimental.
7 Como reclamar segurança e ordem, paz e harmonia entre os dois Planos, se Espíritos imperfeitos, que ainda somos, viéssemos a usar o expediente a que nos referimos, a fim de provocar manifestações e pronunciamentos, em regime de urgência, unicamente atendendo a critérios pessoais?
8 Aqui, entra o impositivo de nos ajustarmos à força disciplinadora da religião.
9 Se nos propomos a manejar, com proveito, os recursos do pensamento, é preciso que a oração nos controle os impulsos para que o espírito de utilidade se nos sobreponha à vocação para o tumulto.
10 Sem a ideia de Deus e sem a prática do serviço desinteressado ao próximo, não nos será possível sintonizar integralmente as forças da vida com a Lei do Eterno Bem.
11 Pensemos com base no amor — no amor que Jesus nos ensinou — e teremos a chave que nos descerrará o caminho de elevação para a felicidade comunitária no Grande Amanhã.
Bezerra de Menezes
(Anuário Espírita 1998)