“Mas tudo isto aconteceu para que se cumpram as escrituras dos profetas. Então, todos os discípulos, deixando-o, fugiram.” — (MATEUS, 26.56)
1 O desígnio a cumprir-se não constituiu característica exclusiva para a missão de Jesus.
2 Cada homem tem o mapa da ordem divina em sua existência, a ser executado com a colaboração do livre arbítrio, no grande plano da vida eterna.
3 Acima de tudo, nesse sentido, toda criatura pensante não ignora que será compelida a restituir o corpo de carne à terra.
4 Os companheiros menos educados sabem, intuitivamente, que comparecerão a exame de contas, que se lhes defrontarão paisagens novas, além do sepulcro, e que colherão, sem mais nem menos, o fruto das ações que houverem semeado no seio da coletividade terrestre.
5 Em geral, porém, ao homem comum esse contrato, entre o servo encarnado e o Senhor Supremo, parece extremamente impreciso, e prossegue, experiência afora, de rebeldia em rebeldia.
6 Nem por isso, todavia, a escritura, principalmente nos parágrafos da morte, deixará de cumprir-se. 7 O momento, nesse particular, surge sempre, com múltiplos pretextos, para que as determinações divinas se realizem. 8 No minuto exato, familiares e amigos excursionam em diferentes mundos de ideias, através das esferas da perplexidade, do temor, da tristeza, da dúvida, da interrogação dolorosa e, apesar da presença tangível dos afeiçoados, no quadro de testemunhos que lhe dizem respeito, o homem atende, sozinho, no capítulo da morte, aos itens da escritura grafada por ele próprio, diante das Leis do Eterno Pai, com seus atos, palavras e pensamentos de cada dia.
Emmanuel