“Ainda não resististes até ao sangue, combatendo contra o pecado.” — Paulo. (HEBREUS, 12.4)
1 O discípulo sincero do Evangelho vive em silenciosa batalha no campo do coração.
2 A princípio, desenrola-se o combate em clima sereno, ao doce calor do lar tranquilo. As árvores das afeições domésticas amenizam as experiências mais fortes. Esperanças de todos os matizes povoam a alma, nem sempre atenta à realidade.
3 Falam os ideais em voz alta, relativamente às vitórias porvindouras.
4 O lutador domina os elementos materiais e, não poucas vezes, supõe consumado o triunfo verdadeiro.
5 O trabalho, entretanto, continua.
A vitória do Espírito exige esforço integral do combatente. 6 E, mais tarde, o lidador cristão é convidado a testemunhos mais ásperos, compelido à batalha solitária, sem o recurso de outros tempos. 7 A lei de renovação modifica-lhe os roteiros, subtrai-lhe as ilusões, seleciona-lhe os ideais. 8 A morte devasta-lhe o círculo íntimo, submete-o ao insulamento, impele-o à meditação. 9 O tempo impõe retiradas, mudanças e retificações…
10 Muitos se desanimam na grande empreitada e voltam, medrosos, às sombras inferiores.
11 Os que perseverarem, todavia, experimentarão a resistência até ao sangue. Não se trata aqui, porém, do sangue das carnificinas e sim dos laços consanguíneos que não somente unem o Espírito ao vaso corpóreo, como também o enlaçam aos companheiros de séquito familiar. 12 Quando o aprendiz receber a dor em si próprio, compreendendo-lhe a santificante finalidade, e exercer a justiça ou aceitá-la, acima de toda a preocupação dos elos consanguíneos, estará atingindo a sublime posição de triunfo no combate contra o mal.
Emmanuel