“Mas a Jerusalém que é de Cima, é livre, a qual é mãe de todos nós.” — Paulo. (GÁLATAS, 4.26)
1 O exame isolado deste versículo sugere um tema de infinita grandeza para os discípulos religiosos do Cristianismo.
2 A palavra do apóstolo aos gentios recorda-nos a igreja liberta do Cristo, não na esfera estreita dos homens, mas no ilimitado pensamento divino.
3 O espírito orgulhoso e sectário, há tanto tempo dominante nas atividades da fé, encontra na afirmativa de Paulo de Tarso um antídoto para as suas venenosas preocupações.
4 Em todas as épocas, têm vivido na Terra os nobres excomungados, os incompreendidos valorosos e os caluniados sublimes.
5 Passaram, nos círculos das criaturas, qual acontece ainda hoje, perseguidos e desprezados, entre o sarcasmo e a indiferença.
6 Por vezes, sofrem o degredo social por não se aviltarem ante as explorações delituosas do fanatismo; em outras ocasiões, são categorizados à conta de ateus pelas suas ideias mal interpretadas.
7 É que, de quando em quando, rajadas de ódios e dúvidas sopram nas igrejas desprevenidas da Terra. Os crentes olvidam o “não julgueis” ( † ) e confiam-se a lutas angustiosas.
8 Semelhantes atritos, contudo, não alteram a consciência tranquila dos anatematizados que se sentem sob a tutela do Divino Poder. Instintivamente, reconhecem que além da esfera obscura da ação física resplandece o templo soberano e invisível em que Jesus recolhe os servidores fiéis, sem deter-se na cor ou no feitio de suas vestimentas.
9 Benfeitores e servos excomungados dos caminhos humanos, se tendes uma consciência sem mácula, não vos magoe a pedrada dos homens que se distanciam uns dos outros pelo separatismo infeliz! 10 Há uma Igreja augusta e livre, na vida espiritual, que é acolhedora mãe de todos nós!…
Emmanuel