“Vê, pois, que a luz que há em ti não sejam trevas.” — Jesus. (LUCAS, 11.35)
1 Há ciência e há sabedoria, inteligência e conhecimento, intelectualidade e luz espiritual.
2 Geralmente, todo homem de raciocínio fácil é interpretado à conta de mais sábio, no entanto, há que distinguir.
3 O homem não possui ainda qualidades para registrar a verdadeira luz. Daí, a necessidade de prudência e vigilância.
4 Em todos os lugares, há industriosos e entendidos, conhecedores e psicólogos. Muitas vezes, porém, não passam de oportunistas prontos para o golpe do interesse inferior.
5 Quantos escrevem livros abomináveis, espalhando veneno nos corações. Quantos se aproveitam do rótulo da própria caridade visando extrair vantagens à ambição?
6 Não bastam o engenho e a habilidade. Não satisfaz a simples visão psicológica. É preciso luz divina.
7 Há homens que, num instante, apreendem toda a extensão dum campo, conhecem-lhe a terra, identificam-lhe o valor. 8 Há, todavia, poucos homens que se apercebem de tudo isso e se disponham a suar por ele, amando-o antes de explorá-lo, dando-lhe compreensão antes da exigência.
9 Nem sempre a luz reside onde a opinião comum pretende observá-la.
10 Sagacidade não chega a ser elevação, e o poder expressivo apenas é respeitável e sagrado quando se torna ação construtiva com a luz divina.
11 Raciocina, pois, sobre a própria vida.
12 Vê, com clareza, se a pretensa claridade que há em ti não é sombra de cegueira espiritual.
Emmanuel