“Porque não temos aqui cidade permanente, mas buscamos a futura.” — Paulo. (HEBREUS, 13.14)
1 Risível é o instinto de apropriação indébita que assinala a maioria dos homens.
2 Não será a Terra comparável a grande carro cósmico, onde se encontra o Espírito em viagem educativa?
3 Se a criatura permanece na abastança material, apenas excursiona em aposentos mais confortáveis.
4 Se respira na pobreza, viaja igualmente com vistas ao mesmo destino, apesar da condição de segunda classe transitória.
5 Se apresenta notável figuração física, somente enverga efêmera vestidura de aspecto mais agradável, através de curto tempo, na jornada empreendida.
6 Se exibe traços menos belos ou caracterizados de evidentes imperfeições, vale-se de indumentária tão passageira quanto a mais linda roupagem do próximo, na peregrinação em curso.
7 Por mais que o impulso de propriedade ateie fogueiras de perturbações e discórdias, na maquinaria do mundo, a realidade é que homem algum possui no chão do Planeta domicílio permanente. 8 Todos os patrimônios materiais a que se atira, ávido de possuir, se desgastam e transformam. 9 Nos bens que incorpora ao seu nome, até o corpo que julga exclusivamente seu, ocorrem modificações cada dia, impelindo-o a renovar-se e melhorar-se para a eternidade.
10 Se não estás cego, pois, para as leis da vida, se já despertaste para o entendimento superior, examina, a tempo, onde te deixará, provisoriamente, o comboio da experiência humana, nas súbitas paradas da morte.
Emmanuel