“E olhai por vós, não aconteça que os vossos corações se carreguem de glutonaria, de embriaguez e dos cuidados desta vida, e venha sobre vós de improviso aquele dia.” — Jesus. (LUCAS, 21.34)
1 Em geral, o homem se interessa por tudo quanto diga respeito ao bem-estar imediato da existência física, descuidando-se da vida espiritual, a sobrecarregar sentimentos de vícios e inquietações de toda sorte. 2 Enquanto lhe sobra tempo para comprar aflições no vasto noticiário dos planos inferiores da atividade terrena, nunca encontra oportunidade para escassos momentos de meditação elevada. 3 Fixa com interesse as ondas destruidoras de ódio e treva que assolam nações, mas não vê, comumente, as sombras que o invadem. 4 Vasculha os males do vizinho e distrai-se dos que lhe são próprios.
5 Não cuida senão de alimentar convenientemente o veículo físico, mergulhando-se no mar de fantasias ou encarcerando-se em laços terríveis de dor, que ele próprio cria, ao longo do caminho.
6 Depois de plasmar escuros fantasmas e de nutrir os próprios verdugos, clama, desesperado, por Jesus e seus mensageiros.
7 O Mestre, porém, não se descuida em tempo algum e, desde muito, recomendou vele cada um por si, na direção da espiritualidade superior.
8 Sabia o Senhor quanto é amargo o sofrimento de improviso e não nos faltou com o roteiro, antecedendo-nos a solicitação, há muitos séculos.
9 Retire-se cada um dos excessos na satisfação egoística, fuja ao relaxamento do dever, alije as inquietações mesquinhas — e estará preparado à sublime transformação.
10 Em verdade, a Terra não viverá indefinidamente, sem contas; contudo, cada aprendiz do Evangelho deve compreender que o instante da morte do corpo físico é dia de juízo no mundo de cada homem.
Emmanuel