“Depois, sobrevindo tribulação ou perseguição…” — Jesus. (MARCOS, 4.17)
1 Toda a gente conhece a ciência de começar as boas obras.
2 Aceita-se o braço de um benfeitor, com exclamações de júbilo, todavia, depois… quando desaparece a necessidade, cultiva-se a queixa descabida, no rumo da ingratidão declarada, afirmando-se: — “Ele não é tão bom quanto parece”.
3 Inicia-se a missão de caridade, com entusiasmo santo, contudo, depois… ao surgirem os primeiros espinhos, proclama-se a falência da fé, gritando-se com toda força: — “Não vale a pena”.
4 Empreende-se a jornada da virtude e aproveita-se o estímulo que o Senhor concede à alma, através de mil recursos diferentes, entretanto, depois… quando a disciplina e o sacrifício cobram o justo imposto devido à iluminação espiritual, clama-se com enfado: — “Assim também, não”.
5 Ajuda-se a um companheiro da estrada, com extremado carinho, adornando-se-lhe o coração de flores encomiásticas, no entanto, depois… se a nossa sementeira não corresponde à ternura exigente, abandonamo-lo aos azares da senda, asseverando com ênfase: — “Não posso mais”.
6 Todos sabem principiar o ministério do bem, poucos prosseguem na lide salvadora, raríssimos terminam a tarefa edificante.
7 Entretanto, por outro lado, as perigosas realizações da perturbação e da sombra se concretizam com rapidez.
8 Um companheiro começa a trair os seus compromissos divinos e efetua, sem demora, o que deseja.
9 Outro enceta a plantação do desânimo e, lesto, alcança os fins a que se propõe.
10 Outro, ainda, inicia a discórdia e, sem detença, cria a desarmonia geral.
11 Realmente, é muito difícil perseverar no bem e sempre fácil atingir o mal.
Todavia, depois…
Emmanuel
FIM