“Disse-lhe Jesus: Teu irmão há-de ressuscitar.” — (JOÃO, 11.23)
1 Há muitos séculos, as escolas religiosas do Cristianismo revestiram o fenômeno da morte de paisagens deprimentes.
2 Padres que assumem atitudes hieráticas, ministros que comentam as flagelações do inferno, catafalcos negros e panos de luto.
3 Que poderia criar tudo isso senão o pavor instintivo e o constrangimento obrigatório?
4 Ninguém nega o sofrimento da separação, Espírito algum se furtará ao plantio da saudade no jardim interior. O próprio Cristo emocionou-se junto ao sepulcro de Lázaro. 5 Entretanto, a comoção do Celeste Amigo edificava-se na esperança, acordando a fé viva nos companheiros que o ouviam. 6 A promessa d’Ele, ao carinho fraternal de Marta, é bastante significativa.
“Teu irmão há-de ressuscitar.” — Asseverou o Mestre.
7 Daí a instantes, Lázaro era restituído à experiência terrestre, surpreendendo os observadores do inesperado acontecimento.
8 Gesto que se transformou em vigoroso símbolo, sabemos hoje que o Senhor nos reergue, em toda parte, nas Esferas variadas da vida. Há ressurreição vitoriosa e sublime nas Zonas carnais e nos Círculos diferentes que se dilatam ao infinito.
9 O Espírito mais ensombrado no sepulcro do mal e o coração mais duro são arrancados das trevas psíquicas para a luz da vida eterna.
10 O Senhor não se sensibilizou tão somente por Lázaro. Amigo Divino, a sua mão carinhosa se estende a nós todos.
11 Reponhamos a morte em seu lugar de processo renovador e enchei-vos de confiança no futuro, multiplicando as sementeiras de afeições e serviços santificantes.
12 Quando perderdes temporariamente a companhia direta de um ente amado, recordai as palavras do Cristo; aquela reduzida família de Betânia é a miniatura da imensa família da Humanidade.
Emmanuel