“Sabendo que a tribulação produz fortaleza.” — Paulo. (ROMANOS, 5.3)
1 Quereis fortaleza? Não vos esquiveis à tempestade.
2 Muita gente pretende robustecer-se ao preço de rogativas para evitar o serviço áspero. Chegada, a preciosa oportunidade de testemunhar a fé, internam-se os crentes, de maneira geral, pelos caminhos largos da fuga, acreditando-se em segurança. Entretanto, mais dia menos dia, surge a ocasião dolorosa em que abrem falência de si mesmos.
3 Julgam-se, então, perseguidos e abandonados. Semelhantes impressões, todavia, nascem da ausência de preparo interno.
4 Esquecem-se os imprevidentes de que a tempestade possui certas funções regeneradoras e educativas que é imprescindível não menosprezar.
5 A tribulação é a tormenta das almas. Ninguém deveria olvidar-lhe os benefícios.
6 Quando a verdade brilhar, no caminho das criaturas, ver-se-á que obstáculos e sofrimentos não representam espantalho para os homens, mas sim quadros preciosos de lições sublimes que os aprendizes sinceros nunca podem esquecer.
7 Que seria da criança sem a experiência? Que será do Espírito sem a necessidade?
8 Aflições, dificuldades e lutas são forças que compelem à dilatação de poder, ao alargamento de caminho.
9 É necessário que o homem, apesar das rajadas aparentemente destruidoras do destino, se conserve de pé, desassombradamente, marchando, firme, ao encontro dos sagrados objetivos da vida. Nova luz lhe felicitará, então, a esfera íntima, conduzindo-o, desde a Terra, à gloriosa ressurreição no Plano espiritual.
10 Escutemos as palavras de Paulo e vivamo-las!
11 Ai daqueles que se deitarem sob a tempestade! Os detritos projetados do monte pelas correntes do aguaceiro poderão sufocá-los, arrastando-os para o fundo do abismo.
Emmanuel