“A paz vos deixo, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá.” — Jesus. (JOÃO, 14.27)
1 É indispensável não confundir a paz do mundo com a paz do Cristo.
2 A calma do Plano inferior pode não passar de estacionamento.
3 A serenidade das Esferas mais altas significa trabalho divino, a caminho da Luz Imortal.
4 O mundo consegue proporcionar muitos acordos e arranjos nesse terreno, mas somente o Senhor pode outorgar ao Espírito a paz verdadeira.
5 Nos Círculos da carne, a paz das nações costuma representar o silêncio provisório das baionetas; 6 a dos abastados inconscientes é a preguiça improdutiva e incapaz; 7 a dos que se revoltam, no quadro de lutas necessárias, é a manifestação do desespero doentio; 8 a dos ociosos sistemáticos, é a fuga ao trabalho; 9 a dos arbitrários, é a satisfação dos próprios caprichos; 10 a dos vaidosos, é o aplauso da ignorância; 11 a dos vingativos, é a destruição dos adversários; 12 a dos maus, é a vitória da crueldade; 13 a dos negociantes sagazes, é a exploração inferior; 14 a dos que se agarram às sensações de baixo teor, é a viciação dos sentidos; 15 a dos comilões é o repasto opulento do estômago, embora haja fome espiritual no coração.
16 Há muitos ímpios, caluniadores, criminosos e indiferentes que desfrutam a paz do mundo. Sentem-se triunfantes, venturosos e dominadores no século. 17 A ignorância endinheirada, a vaidade bem vestida e a preguiça inteligente sempre dirão que seguem muito bem.
18 Não te esqueças, contudo, de que a paz do mundo pode ser, muitas vezes, o sono enfermiço da alma. Busca, desse modo, aquela paz do Senhor, paz que excede o entendimento, por nascida e cultivada, portas a dentro do Espírito, no campo da consciência e no santuário do coração.
Emmanuel