“Tenho compaixão da multidão.” — Jesus. (MARCOS, 8.2)
1 Os Espíritos verdadeiramente educados representam, em todos os tempos, grandes devedores à multidão.
2 Raros homens, no entanto, compreendem esse imperativo das leis espirituais.
3 Em geral, o mordomo das possibilidades terrestres, meramente instruído na cultura do mundo, esquiva-se da massa comum, ao invés de ajudá-la. 4 Explora-lhe as paixões, mantém-lhe a ignorância e costuma roubar-lhe o ensejo de progresso. Traça leis para que ela pague os impostos mais pesados, cria guerras de extermínio, em que deva concorrer com os mais elevados tributos de sangue. 5 O sacerdócio organizado, quase sempre, impõe-lhe sombras, enquanto a filosofia e a ciência lhe oferecem sorrisos escarnecedores.
6 Em todos os tempos e situações políticas, conta o povo com escassos amigos e adversários em legiões.
7 Acima de todas as possibilidades humanas, entretanto, a multidão dispõe do Amigo Divino.
8 Jesus prossegue trabalhando.
Ele, que passou no Planeta entre pescadores e proletários, aleijados e cegos, velhos cansados e mães aflitas, volta-se para a turba sofredora e alimenta-lhe a esperança, como naquele momento da multiplicação dos pães.
9 Lembra-te, meu amigo, de que és parte integrante da multidão terrestre.
10 O Senhor observa o que fazes.
Não roubes o pão da vida; procura multiplicá-lo.
Emmanuel