Atingíramos a reunião da noite de 27 de setembro de 1956, marcada pelos nossos instrutores para fixar o término da segunda série de mensagens psicofônicas recolhidas em nosso grupo e destinadas à constituição do presente livro.
Outras tarefas chamar-nos-iam a atenção.
Aguardavam-nos outras atividades, outros setores.
Estávamos, por essa razão, intensamente emocionados, quando Emmanuel, o nosso devotado orientador, tomou a palavra e orou comovidamente.
A sua prece tocante assinalava a conclusão das páginas faladas que integrariam o novo tomo de instruções obtidas em nosso santuário de serviço espiritual.
E foi por isso que, em se fazendo de novo o silêncio, tínhamos lágrimas nos olhos e todos dizíamos, através do verbo inarticulado, de coração alçado ao Céu: — Benfeitores da Luz Divina, Deus vos recompense a tolerância e a bondade!… Preces queridas de nosso templo, ficai conosco! Mensagens de amor e luz, ide ao mundo consolando e instruindo! Noites abençoadas, adeus! adeus!…
1 Senhor Jesus.
Com a nossa jubilosa gratidão pela assistência de todos os minutos, — humildes servos daqueles servidores que te sabem realmente servir, — aqui te ofertamos o nosso louvor singelo, a que se aliam as nossas súplicas incessantes.
2 No campo de atividade em que nos situas, por acréscimo de confiança e misericórdia, faze-nos sentir que todos os patrimônios da vida te pertencem, a fim de que a ilusão não nos ensombre o roteiro.
3 Mostra-nos, Senhor, que nada possuímos além das nossas necessidades de regeneração, para que aprendamos a cooperar contigo, em nosso próprio favor.
4 E, na ação a que nos convocas, ilumina-nos o passo para que não estejamos distraídos.
5 Que a nossa humildade não seja orgulho.
6 Que o nosso amor não seja egoísmo.
7 Que a nossa fé não seja discórdia.
8 Que a nossa justiça não seja violência.
9 Que a nossa coragem não seja temeridade.
10 Que a nossa segurança não seja preguiça.
11 Que a nossa simplicidade não seja aparência.
12 Que a nossa caridade não seja interesse.
13 Que a nossa paz não seja frio enregelante.
14 Que a nossa verdade não seja fogo destruidor.
15 Em torno de nós, Mestre, alonga-se, infinito, o campo do bem, a tua gloriosa vinha de luz, em que te consagras com os homens, pelos homens e para os homens à construção do reino de Deus.
16 Dá-nos o privilégio de lutar e sofrer em tua causa e ensina-nos a conquistar, pelo suor de cada dia, o dom da fidelidade, com o qual estejamos em comunhão contigo em todos os momentos de nossa vida.
Assim seja.
Emmanuel
FIM