No término das nossas atividades, na reunião da noite de 13 de outubro de 1955, foi nosso amigo André Luiz quem compareceu, através do médium, induzindo-nos à serenidade e à coragem, com a mensagem seguinte.
1 Amigos:
Em vossos dias cinzentos, lembrai aqueles irmãos que perambulam nas trevas.
2 Padecendo as pedras da estrada, recordai os que se encontram atados ao leito imóvel.
3 Sob o aguaceiro das provas, não vos esqueçais dos que estão soterrados na lama das grandes culpas.
4 Diante da mesa pobre, refleti nos companheiros sob o flagelo da fome.
5 Sofrendo a roupa escassa, contemplai as criaturas que a expiação veste de chagas.
6 Entre as alfinetadas dos dissabores, não olvideis os que tombam sob o punhal da grande miséria.
7 Não vos aconselheis com a desesperação.
8 Não vos acomodeis com a rebeldia.
9 Esperar com paciência, ofertando ao caminho o melhor de nós, é o segredo do grande Triunfo.
10 O tempo que faz a noite é o tempo que traz o dia.
11 Para escalar a montanha salvadora, fitemos quem brilha à frente!…
12 Para não cairmos, aniquilados pelo desânimo, na marcha de cada dia, reparemos quem chora na retaguarda!…
13 A luta é um instrumento divino.
Não a menosprezeis!…
14 Com estas palavras, apresentamos à nossa casa a irmã Francisca Júlia da Silva, que, havendo atravessado aflitivas provações, à morte do corpo físico, atualmente se propõe trabalhar no combate ao suicídio.
15 Rogamos, assim, alguns minutos de silêncio, a fim de que ela possa transmitir sua mensagem. [A seguinte.]
André Luiz