O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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Vozes do Grande Além — Autores diversos


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Mensagem de alerta

Reunião de 16 de junho de 1955.

Com instruções dos Benfeitores Espirituais para a organização de um novo livro de anotações e ensinamentos, o Grupo Meimei, ao término dos serviços da noite, começou a recolher, como de hábito, através da mediunidade do companheiro Francisco Cândido Xavier, o material destinado a esse fim, com a visita do respeitável instrutor Antônio Luiz Sayão, n inolvidável pioneiro do Espiritismo no Brasil, que pronunciou a comovente mensagem que se segue, alusiva às nossas necessidades de vigilância.


1 Irmãos:

Permaneçamos na paz de Nosso Senhor Jesus.

2 O acicate das provações necessárias fere o mundo.

3 O avanço da inteligência moderna mais se assemelha a rude sarcasmo, tributando a Civilização com vexames e calamidades de toda espécie.

4 O homem, efetivamente, multiplicou os poderes da máquina que lhe soluciona variados problemas da luta material, mas sofre o escárnio desse avanço, visto que o imenso progresso industrial, que lhe assinala a experiência de agora, mais lhe destaca a miserabilidade do espírito, acelerando-lhe a corrida para os desastres e crises de toda ordem.

5 Registrando o apontamento, não temos o gosto de manejar a picareta derrotista, nem somos profetas do pessimismo ou da decadência.

6 Compreendemos o sofrimento individual e coletivo como imposição natural e justa de que não nos é lícito escapar, tanto quanto, na existência comum, ninguém foge ao serviço da limpeza, se pretende evoluir e preservar-se.

7 Não há tempestade sem benefício, como não existe noite sem alvorada.

8 Desejamos apenas comentar com os nossos irmãos de fé a necessidade de mais ampla assimilação do Evangelho em nossas linhas de atividade.

9 O título de espírita, atualmente, vale por cristão redivivo, envolvendo a inadiável obrigação de socorro ao mundo.

10 E todos nós, que já recebemos, por mercê do Senhor, o conhecimento da Justiça Divina, através da reencarnação, e a certeza da imortalidade da alma, constituímos, em nome do Mestre, vasta frente de servidores com o dever de ajudar a Humanidade que se debate no caos.

11 Para que estejamos, porém, investidos do poder que semelhante mandato nos faculta, é indispensável, não apenas pregar o Evangelho, mas incorporá-lo a nós mesmos, para que a nossa vida fale mais alto que as nossas palavras.

12 Nas vastidões obscuras das Esferas inferiores, choram os soldados que perderam inadvertidamente a oportunidade da vitória. São aqueles companheiros nossos que transitaram no luminoso carreiro da Doutrina, exigindo baixasse o Céu até eles, sem coragem para o sacrifício de se elevarem até o Céu. 13 Permutando valores eternos pelo prato de lentilhas ( † ) da facilidade humana, precipitaram-se no velho rochedo da desilusão, a que se prendem pelo desespero e pelo arrependimento tardio.

14 E o grande conflito entre o bem e o mal continua fragoroso e terrível, concitando-nos à humildade e ao trabalho, ao amor e à renúncia.

15 Espíritas, irmãos de ideal, se quiserdes o triunfo nas promessas que assinastes Mais Alto, antes de empreenderdes a presente romagem no mundo, é preciso acordar para a responsabilidade de viver e de crer, lutando destemerosamente na regeneração de nós mesmos e no soerguimento moral da Terra!

16 Guardemos a provação por bênção, o trabalho por alimento espiritual de cada dia, o obstáculo por medida de nossa confiança, a fé por nosso incessante estímulo e a consciência tranquila por nosso melhor galardão.

17 A batalha neste século é decisiva para nós, espiritistas e servidores da Boa-Nova, quinhoados com a riqueza do conhecimento renovador! Aceitaremos o Cristo, libertando-nos definitivamente das trevas, ou permaneceremos nas trevas, adiando indefinidamente a nossa libertação com o Cristo.

18 Que Nossa Mãe Santíssima nos proteja e nos abençoe.


Antônio Luiz Sayão


Texto extraído da 1ª edição desse livro.

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