1 Não te detenhas no espinheiro da amargura, se a velhice do corpo te bate à porta. Contigo brilha a claridade da experiência.
2 Descerra, assim, o coração à bênção da vida e não esmoreças no entusiasmo do bem.
3 Tua palavra amiga e sábia pode ser a mensagem de alerta aos que iniciam a luta, o apoio dos que fraquejam na senda e o consolo dos que padecem, desde que a luz do amor te vibre no templo da alma.
4 Não permitas, dessa forma, que a névoa da irritação te domine.
5 O desgaste físico n não atinge o Espírito que elegeu na fé o santuário do próprio ideal.
6 É por isso que, no mundo, há moços no corpo, lamentavelmente envelhecidos no desânimo e no cansaço, quando a jornada humana apenas começa, e há velhos, no campo físico, admiravelmente jovens pelo otimismo e pela bondade que lhes moram nos sentimentos, distribuindo paz e alegria, qual se neles se tivesse eternizado o perfume do amanhecer…
7 Não relaciones, desse modo, pesares e lágrimas.
8 Se alguém te feriu a alma incompreendida, perdoa e auxilia sempre.
9 Segue amando e auxiliando, convertendo as horas em cânticos de entendimento e carinho, porque, na Terra, a noite espera por todos os que atravessam o dia…
10 E se é verdade que teus passos cruzam a sombra do entardecer, não olvides que para todas as criaturas, habituadas a servir, contemplando o Céu, a noite deixa de ser um ninho de trevas para surgir, radiante e serena, por divino estandarte de estrelas, anunciando, em silêncio, o novo despertar.
Emmanuel
[1] “O desgosto físico”, no livro impresso.