O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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Uma vida de amor e caridade — Autores diversos — F. C. Xavier/Izabel Bueno — 1ª Parte


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Conversão ao Espiritismo — Novas revelações

Em 1964, Aparecida fazia a Campanha do Tijolo em São Paulo. Percorrendo todos os Centros Espíritas da Capital, solicitava o auxílio para a construção do prédio do Hospital do Pênfigo.

Ela, Lauro e duas meninas, dirigiram-se a um Centro Espírita, situado na Rua Joaquim Nabuco, nº 30, no Bairro do Brás. Logo que entraram, a porta foi fechada para o início dos trabalhos. Não havia pessoas conhecidas na reunião, e também os irmãos presentes não a conheciam.

Ao iniciar os trabalhos, o presidente da sessão chamou a pessoa do Hospital do Fogo Selvagem que estava presente. Transmitia ele, que o Mentor Espiritual da Casa convidava a dirigente do Hospital do Fogo Selvagem, para aplicar um passe na Presidente do Centro que estava enferma. Dona Mafalda não podia andar, porque estava paralítica.

Como Aparecida nunca havia aplicado passes, estranhou aquele pedido e não se apresentou para o atendimento.

Porém, no término da reunião, o presidente torna a transmitir a orientação do Mentor Espiritual.

Então, Aparecida logo se apresenta e o dirigente lhe explica que não a conhecia, e por isso, não foi convidada a fazer parte da mesa, pedindo-lhe desculpas.

Assim sendo, Aparecida com os outros médiuns, dirigem-se ao terceiro andar onde se encontrava a enferma.

Todos se concentraram para a tarefa de socorro. Feitas as rogativas, Aparecida sentiu algo estranho e diferente, mas, ficando com medo, logo desconcentrou-se e pensou na seriedade daquele trabalho. São suas estas palavras:

— Vi e senti que aquilo não era brincadeira!

No outro dia, Dona Mafalda andou e até hoje visita o Hospital do Pênfigo, atual Lar da Caridade, colaborando sempre nas campanhas de assistência fraterna, em benefício dos assistidos.

E, a partir desse acontecimento, Aparecida se tornou espírita.

Aparecida é dotada de várias faculdades mediúnicas: vidência, auditiva, curadora. Também é médium de incorporação. Mas, sendo consciente, ela afirma sentir muita dificuldade.

Presenciei muitos casos de sensíveis melhoras e mesmo de cura no Lar da Caridade, não só pelos medicamentos, mas pelos passes curadores que Aparecida aplicava nos doentes assistidos, quando em crises de dor ou desespero, de desânimo ou desfalecimento.

Lembra-me um caso, entre muitos que testemunha

mos. No início da Escola do Lar da Caridade, um dia pela manhã, estando na sala de aula, Aparecida chamou-me para auxiliá-la na aplicação de um passe, em uma doente que estava muito mal. Imediatamente dirigimo-nos ao banheiro, onde estava a enferma em banho de imersão. Estava desfalecida, parecendo em estado de coma. Aparecida proferiu a prece a Jesus, orando com fervor, em rogativa pela saúde de nossa irmã em sofrimento. Sentimos uma vibração tão profunda com ação fluídica tão real, percebendo com grande sensibilidade, a presença dos Amigos Espirituais naquele emocionante trabalho de passe.

Quando terminamos, a doente abriu os olhos e estando melhor, foi conduzida ao leito. Tempos depois, estava completamente recuperada e foi reunir-se à sua família.


Izabel Bueno


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