Desde 1979, foi iniciada no Lar da Caridade por Aparecida, a industrialização do plástico — o aproveitamento do plástico usado e sem serventia, para reciclagem transformando-o pela recuperação, em matéria prima.
Todo o plástico usado (saquinhos de leite, sacos de adubo, copos descartáveis, frascos, garrafas de água etc.) é reaproveitado passando pelas seguintes etapas, desde o seu recolhimento até a fase final da picotagem em granulados:
. Recolhimento do plástico usado nas cidades colaboradoras.
. Separação do plástico.
. O plástico é conduzido ao moinho para ser picado em pedaços.
. O plástico picado é conduzido à máquina de lavar.
. O plástico lavado é conduzido à centrífuga para secar.
. Depois de limpo e seco é transportado para a máquina aglutinadora.
. O plástico aglutinado é conduzido por uma rosca sem fim, numa temperatura de 180 graus, para uma banheira de resfriamento com água em temperatura ambiente. Nessa fase, o plástico se transforma em longos fios que são conduzidos à máquina picotadora, cortando-os em pequeninos granulados (polietileno recuperado) — a matéria prima, pronta para ser vendida às indústrias de plástico.
A industrialização dessa reciclagem de recuperação do plástico trouxe dois grandes benefícios: primeiro, o aproveitamento do plástico inútil que é jogado na terra. E a terra não absorve o plástico. Por isso, esse trabalho transforma-se em colaboração direta com o meio ambiente, evitando a poluição do solo.
Segundo, porque proporciona às crianças e adolescentes uma iniciação ao trabalho, na tarefa ocupacional oferecida nas suas diversas fases dessa industrialização.
Atualmente, o Lar da Caridade já possui a sua própria indústria com fabricação de pratos para vasos, mangueiras de diversas espessuras e sacos plásticos para lixo, cuja comercialização contribui para a manutenção dos assistidos.
Izabel Bueno