1 Sofres quando os entes amados se apartam de ti, na direção de tarefas ou experiências que divergem das tuas… Quererias viver com eles em permanente integração e por isso a separação te dói, qual se padecesses dolorosa mutilação nos tecidos da própria alma.
2 Entretanto, que afeição verdadeira será menos afeição, apenas por que se veja fustigada por circunstâncias de espaço e tempo?
3 A energia solar que invade o céu no Brasil não é diferente daquela que penetra o firmamento da Tailândia.
4 Quando os entes queridos te digam adeus nas bifurcações do caminho, não lhes arremesses à estrada quaisquer farpas de incompreensão.
5 Faze deles portadores de tua simpatia, seja onde seja.
6 Que eles possam beneficiar os outros como beneficiaram a nós e quando nos retomem o convívio, seja na Terra ou noutros mundos, que nos possam trazer acrescidas de amor as vibrações de amor com que os abençoamos na despedida.
7 Que seria do mundo se as plantas monopolizassem os próprios frutos ou se os rios fugissem de viajar, receando o vampirismo da terra seca?
8 Dá teu coração, em forma de entendimento e ternura, ao companheiro que parte e envolve-o em preces de reconhecimento, clareando-lhe o caminho.
9 Com dobrados motivos devemos fazer isso, se ele foi, no contato conosco, um expoente de bondade, enriquecendo-nos a existência de tranquilidade e de alegria. Se as leis da renovação lhe determinaram a ausência, isso ocorre por impositivos que funcionam acima de nossa própria vontade a lhe chamarem adiante o dom de cooperar e a faculdade de construir, investindo-nos na obrigação de seguir-lhe os padrões de atividade, a fim de que venhamos a progredir sempre e servir cada vez mais.
10 Aquele que nos auxiliou tanto quanto pode, é e será invariavelmente um benfeitor, diante de quem a gratidão será para nós inequívoca, e de um benfeitor ninguém se afasta, com sentimentos de azedume e palavras de fel.
11 Louvemos os entes amados que nos deixam, convertendo separação em esperança e transformando distância em razão para agradecimento maior.
12 Lembremo-nos de que a fonte que nos dessedenta e ampara a segurança doméstica pode dessedentar e amparar os nossos vizinhos pela Misericórdia de Deus.
Emmanuel