1 Frequentemente admitimos que socorro, perdão, caridade e donativo encontram significado exclusivamente nas horas de crise.
2 Entretanto, estamos todos à frente da vida e dentro dela, com a obrigação de reconhecermos a presença dos benfeitores que nos estenderam os braços para a travessia dos obstáculos naturais na experiência comum.
3 Acionemos os botões da memória e vê-los-emos todos:
4 é a criatura vinculada ao nosso afeto, que nos amparou em família, encorajando-nos na realização dos nossos melhores ideais, quando as circunstâncias adversas nos induziam à frustração e desânimo;
5 é a pessoa que nos deu as mãos na travessia de risco iminente;
6 é o irmão que nos favoreceu com exemplos de intrepidez e tolerância;
7 é o amigo que nos auxiliou a encontrar o privilégio de servir;
8 é o companheiro que nos mostrou a bênção da oração, renovando-nos a vida.
9 Onde estiveres, pensa nisso e relaciona os bens que podes distribuir. Ninguém calcula os resultados construtivos da sementeira considerada vulgar.
10 Alguém dirá que isto é óbvio, entretanto, aquilo que é óbvio é sempre o inevitável na existência e o mais difícil de se fazer.
11 Auxiliar aos outros, a fim de sermos auxiliados, é claro imperativo no mecanismo das relações humanas, contudo, é preciso relacionar quantos séculos estamos despendendo, a fim de senhorear semelhante aprendizado.
12 A fonte de água limpa é suprimento óbvio na sustentação da comunidade.
Experimente, porém, essa ou aquela pessoa passar sem ela.
13 Meditemos nisso e observemos a significação da nossa influência sobre aqueles que nos rodeiam, para entendermos que ninguém deve esperar por ofensa, necessidade, desastre ou penúria, a fim de cultivar o amor a que somos chamados, através do respeito e do amparo que nos devemos uns aos outros.
14 E assim agindo reconheceremos, por fim, que todo dia e toda situação constituem ensejo e lugar para nos devotarmos todos à construção do bem.
Emmanuel