A Deus, Pai Amantíssimo, agradeço a oportunidade de ter conhecido Francisco Cândido Xavier nesta encarnação e partilhar de sua amizade, pois até o momento da partida do nosso Elcinho para o Plano Espiritual eu só o conhecia por intermédio de seus livros e obras caritativas.
Com a passagem do nosso filho numa circunstância dolorosa para o Outro Lado da Vida, o meu primeiro pensamento ficou voltado para Uberaba, a fim de travar contato com o Chico e, assim, tentar obter algum consolo para a minha dor.
No entanto, alguns amigos espíritas me aconselharam a esperar algum tempo até tentar um intercâmbio mediúnico com meu filho.
Foram alguns meses de espera e de muita tristeza até que, um dia, uma amiga, de nome Vanda Canteiro, presenteou-me com uma obra de Chico Xavier, Amor sem Adeus, psicografada pelo Espírito de Walter.
Lendo o livro, despertou-me uma vontade muito grande de conhecer a mãe do jovem, D. Maria Perrone, porque sentia que ela poderia ajudar a amenizar meu sofrimento, pois penso que só quem passou por esse doloroso transe pode avaliar minha dor.
Assim, fui visitar D. Maria Perrone em sua residência e ela me orientou sobre como decorriam os trabalhos espirituais no Grupo Espírita da Prece, em Uberaba.
Em fins de julho de 1978, para lá me dirigi e, com o auxílio de uma amiga residente em Uberaba, travei o meu primeiro contato com Chico Xavier.
Depois disso, minhas visitas ao Grupo Espírita da Prece tornaram-se frequentes e, na oitava vez em que lá estive, recebi a tão esperada comunicação de meu filho.
A emoção foi muito grande e chorei muito, mas esse pranto foi motivado pela certeza de que meu filho continuava vivo e já em franca recuperação. No instante em que recebi a mensagem senti Elcinho presente, embora nunca tenha duvidado da imortalidade da alma.
Esse foi o primeiro passo para uma mudança que se operou em mim desde então, e passei a encarar a situação e meus problemas com mais serenidade.
Por isso, desejo de coração dizer aos que ainda não conhecem a Doutrina Espírita, sem que nisto vá a intenção de converter quem quer que seja, que leiam e meditem sobre ela e sua visão de vida se verá ampliada.
Graças a Deus e à abençoada mediunidade de Francisco Cândido Xavier, eu e minha família passamos a encarar uma realidade nova e conseguimos superar a grande provação que é a perda de um filho.
Deus lhe pague, Chico!…
Elena Tumenas