1 [Meu amigo.]
A vida nunca deixará sem contas o tempo que nos empresta.
2 A fonte oculta no campo desamparado é uma bênção para o chão ressequido.
3 A árvore é doadora constante de utilidades e benefícios.
4 A cova minúscula é berço da sementeira.
5 A erva tênue faz a provisão do celeiro.
6 A abelha pequenina fabrica mel que alivia o doente.
7 O barro humilde, ao calor da cerâmica, se transforma em sustentáculo da habitação.
8 Nos estábulos e nos redis, há milhões de vidas inferiores, extinguindo-se em dádivas permanentes ao conforto da Humanidade, produzindo leite e lã para que povos inteiros se alimentem, se agasalhem e desenvolvam.
9 E nós, que desfrutamos a riqueza do tempo, que fazemos da sublime oportunidade de criar o bem?
10 Ainda que fujamos para os derradeiros ângulos do Planeta, um dia chegará em que a Verdade Divina se dirigirá a nós outros, indagando:
— Que produzes? Que fazes da saúde, do corpo, da inteligência, dos recursos variados que a vida te deu?
11 Lembremo-nos de que na própria crucificação, o Mestre Divino produziu a Ressurreição por mensagem de imortalidade ao mundo de todos os séculos.
12 Não te esqueças, meu amigo, de que a felicidade é uma equação de rendimento do esforço da criatura, na improvisação do bem e na extensão dele e não olvides que, provavelmente, não vem longe o minuto em que prestarás contas de teu aproveitamento nas bênçãos de trabalho e paz, alegria e luz, que vens atravessando na condição de usufrutuário da Terra.
Emmanuel
Psicografia em Reunião Pública.
Data — 1957.
Local — Centro Espírita Luiz Gonzaga, na cidade de Pedro Leopoldo, Minas.
[1] O título entre parênteses é o mesmo da mensagem original publicada em 1950 pela LAKE e é a 37ª lição da 1ª Parte do
livro “Nosso livro”; diferindo apenas na saudação inicial [Meu amigo.]