1 Ainda e sempre, a vaidade humana prossegue na caça incessante aos títulos máximos na Terra.
2 Cartazes da imprensa e programas radiofônicos na atualidade cogitam de campeões variados que brilham, passageiros, na ribalta do mundo.
O maior pensador…
O maior cientista…
O maior industrial…
O artista maior…
3 E o campo de realizações terrestres, copiando-lhes o impulso, apresenta com garbo os seus expoentes mais altos…
O maior arranha-céu…
O maior transatlântico…
O maior espetáculo…
A fortuna maior…
4 Todavia, semelhantes pruridos de evidência terrestre não são novos.
5 Há quase vinte séculos, surgiam eles igualmente no colégio dos seguidores humildes do Senhor.
6 Nem mesmo os aprendizes do Evangelho, despretensiosos e simples conseguiram fugir à tentação do destaque pessoal.
7 Eles próprios, na antevisão do paraíso, indagaram do Mestre, com desassombro inconsciente: — Quem seria o maior no Reino dos Céus? ( † )
8 E a resposta do Cristo, ainda hoje, é um desafio à nossa fé.
9 O maior no Reino do Amor será sempre aquele que se fizer o servo infatigável de todos, aquele que, em se esquecendo, oferece aos outros a própria alegria que não possui, e que, em se ajustando à máquina do bem, possa apagar-se, contente e anônimo, atendendo, no lugar que lhe é próprio, a tarefa que o Senhor lhe determina…
10 Se procuras, desse modo, a comunhão com Jesus, onde estiverdes, olvida a ti mesmo pela glória de ser útil.
11 Ajuda, aprende, ampara, compreende, crê e espera cada dia…
12 E, servindo sempre, encontrarás com o Mestre Divino a felicidade perfeita, penetrando com Ele o segredo sublime da cruz, pelo qual, em se rendendo à suprema renúncia, fez-se a luz das nações e a esperança da Humanidade inteira.
Emmanuel
Psicografia em Reunião Pública.
Data — 7-2-1955.
Local — Centro Espírita Luiz Gonzaga, na cidade de Pedro Leopoldo, Minas.
[1] Essa mensagem foi publicada em maio de 1960 pela FEB no Reformador e é também a 70ª lição do 2º volume do livro “O Evangelho por Emmanuel”. — Esse capítulo foi restaurado: Texto do livro impresso.