1 Se estamos realmente empenhados na lavoura do Espiritismo com Jesus, não olvidemos que a hora é de trabalho ativo para cada um de nós, na caridade cristã.
2 Hora em que nos cabe o esquecimento de todo mal, no soerguimento da própria individualidade para a Vida Maior, despreocupando-nos da imperfeição ou da deficiência dos outros, de modo a crescermos na obra fraternal do progresso comum, a beneficio de nós mesmos.
3 Não reclamemos orientações novas.
Centralizemos a atenção, em torno dos roteiros que temos recebido e atendamos as instruções que descansam, indefinidamente em nosso êxtase ou em nosso raciocínio.
4 Fujamos à pesada concha da personalidade inferior, com que nos arrastamos, há séculos, no chão escuro dos hábitos multimilenários que nos são próprios.
5 Consolemos, ao invés de exigir novas consolações.
Ajudemos, antes de pedir novo auxílio.
6 Compreendamos, sem esperar que o nosso companheiro seja obrigado a entender-nos.
7 Amemos, semeando fraternidade e luz, sem a expectativa de sermos amados pelas criaturas que ainda não se harmonizam conosco.
8 Espiritismo é escola de crescimento mental, de elevação da alma e de desintegração dos nossos antigos impulsos de animalidade e primitivismo.
9 Pratiquemos essa divina caridade — a caridade de nos renovarmos para o Infinito Bem — a fim de que outros se inspirem na jornada cristã sobre a contemplação do nosso esforço.
10 A hora é de aplicação, de serviço, de solidariedade, de entendimento e, sobretudo, de boa vontade.
Aproveitando-a, alcançaremos a glória da vida; esquecendo-a, pela nossa indiferença ou pela nossa inércia, estejamos convencidos de que seguiremos para a grande estagnação nas sombras da morte.
Emmanuel
Psicografia em Reunião Pública.
Data — 19-3-1951.
Local — Centro Espírita Luiz Gonzaga, na cidade de Pedro Leopoldo, Minas.