1 Alguém te haverá ofendido, entretanto, se não perdoas a esse alguém, criarás em ti mesmo as desvantagens do ressentimento, que se te condensarão na própria alma, por determinado ponto enfermiço.
2 Antes de qualquer atitude contra o suposto ofensor, considera que, provavelmente, não terá ele tido qualquer intenção de ferir-te e talvez até mesmo ignore qualquer tópico alusivo ao assunto que te aborrece.
3 Concentrando a mágoa contigo, predisporás alma e corpo à doença e ao desequilíbrio.
4 Ainda que não queiras, o ressentimento por ti acalentado estenderá sombra e pesar, no ambiente em que vives, atingindo aqueles que mais amas.
5 Pessoa alguma consegue prever os males que surgirão nos entes queridos quando se deixam possuir pelo azedume.
6 Recorda que amanhã, é possível que estejas necessitando do perdão de teu imaginário ofensor, por faltas mais graves que hajas cometido em momentos de exagerada impulsividade.
7 Quando não seja em teu próprio favor, talvez chegue o dia, no qual as circunstâncias te aproximarão desse ou daquele desafeto, a fim de rogar apoio, a benefício de criaturas do teu próprio círculo familiar.
8 Lembra-te, nas crises da vida, de que o ressentimento nunca rendeu paz ou felicidade para ninguém.
9 O perdão liberta sempre e restaura, em qualquer tempo, as oportunidades favoráveis à nossa marcha nas trilhas da experiência, para que venhamos a descobrir o Reino de Deus que existe e palpita em nós mesmos.
10 Eis por que Jesus recomendou-nos a todos, através do Apóstolo: “Perdoa não sete vezes, mas setenta vezes sete”, ( † ) o que equivale a dizer:
“Perdoa e realmente viverás”.
Emmanuel