1 Ninguém nega que todos nós, os Espíritos em evolução, vinculados à Terra, estamos na condição de viajores, no imenso rio da vida, na pauta da expressão popular: “Tocando o Barco”.
2 Há quem siga em navios confortáveis, em iates de renome, em transportes a motor, em grandes canoas mantidas a remo, em pirogas e jangadas simples.
3 A existência, significando viagem, seguirá atendendo às circunstâncias da vida de cada viajor, motivo pelo qual todos os companheiros trocam impressões entre si, nas pequenas paradas de refazimento que se fazem indispensáveis.
4 Todos, porém, atravessam os mesmos riscos, varam os mesmos perigos, contemplam a beleza das mesmas regiões e conhecem o rigor das ventanias e tempestades, quando se mostram desencadeadas, por força dos climas ou do tempo que influenciam determinadas fases da viagem.
5 Questionado por diversos irmãos sobre esse ou aquele ponto mais difícil do sentimento, na rota a obedecer, escrevemos o presente livro, como quem alinha notas e ideias que, servindo para nosso uso pessoal, pode igualmente, em muitos casos, trazer algum proveito para muitos daqueles que nos partilham a marcha.
6 Lembretes, informes, reflexões e conclusões, sem qualquer propósito de parecer o dono da palavra…
7 São estes pedaços de diálogos em viagem que te ofertamos, leitor amigo, convencidos qual nos achamos de que todos estamos interessados na tranquilidade uns dos outros.
8 Que estas páginas simples, que somente valem pela sinceridade com que foram gravadas, possam servir por ingredientes de paz e esperança, coragem e fé, no cotidiano de nossas experiências, sob as bênçãos de Jesus, ante a meta que nos compete alcançar, são os nossos votos.
Emmanuel
Uberaba, 6 de janeiro de 1984.