Nascimento: Santos, 25 de junho de 1956 — Desencarnação: S. Bernardo do Campo, 17 de setembro de 1974. Filho único de Severino Domingos Lourenço e Dirce Pessoa da Silva Lourenço.
A despeito de estar sempre com a espada de Dâmocles sobre sua cabeça, com os pais que o procuram, evitando oferecer nomes, detalhes ou quaisquer informações a respeito do filho morto, para que a eventual revelação mediúnica com que sejam contemplados, se torne inquestionável, Chico Xavier invariavelmente oferece-nos provas irrefutáveis de sua condição de intérprete do Plano Espiritual, com informações do Além, realmente desconcertantes.
Com meio século de atividades mediúnicas ininterruptas, de continuada vivência dos princípios de Jesus, é Francisco Cândido Xavier, sem qualquer possibilidade de engano de nossa parte, o maior médium de que se tem conhecimento em toda a história do Espiritismo, interligando a exuberância de sua mediunidade polimorfa à condição de abnegado apóstolo do Bem.
Cremos mesmo que a compreensão de sua grandeza, quer no campo da fenomenologia mediúnica, quer no terreno fértil de sua colaboração à causa do Cristo, está reservada para o futuro, quando as condições de investigação psíquica, associadas ao nosso aprimoramento moral, nos oferecerem mais palpáveis elementos de análise. O que podemos entender facilmente, no momento, é que Chico Xavier representa a imagem do homem dos séculos futuros, em que coração e cérebro, igualmente aperfeiçoados, edificarão a Terra com que todos sonhamos.
Daí ser para o Chico, fato rotineiro, absolutamente normal, a passagem que envolve o jovem santista, citada em uma de suas três mensagens constantes deste livro, denominada Aniversário de Renascimento.
Em determinada altura da mensagem, Carlos Alberto diz textualmente: “Outra pergunta que você e o paizinho Severino me endereçavam no silêncio de nossa festa de almas, é se me achava contente com a mudança de local de nossas lembranças”.
Desenvolvendo o assunto mais adiante Carlos Alberto diz: “O recanto de paz em que a saudade se converte em oração permanente é venerável, em verdade, mas não deixa de ser o carro final em que se viajou para a estação de regresso da excursão empreendida”.
Como o leitor pode observar é evidente referência à mudança de local de seus despojos no cemitério, onde fora sepultado há um ano. O próprio casal se viu surpreso diante da revelação, pois que tudo foi feito com muito sigilo. Um mês antes de irem a Uberaba, e um mês antes do aniversário do falecimento do jovem, ocorrido em São Bernardo do Campo a 17 de setembro de 1974, preocupado em colocar os restos mortais do filho em um túmulo que lhes pertencesse, a despeito de já estarem carinhosamente acomodados em uma das gavetas do jazigo do avô, conseguiu o Sr. Severino o translado do corpo para outro terreno, no mesmo Cemitério do Saboó, onde fora sepultado. Além dos pais, das providências necessárias participaram os tios Olavo e Amelinha.
Na mensagem de 21 de setembro, um mês após as mudanças, Carlos Alberto não deixou por menos. Falou do ocorrido, agradeceu aos pais e também aos tios por tudo. O próprio Chico ficou surpreso ante as revelações…
Mas não é essa a única passagem digna de nota que encontramos nas mensagens de Carlos Alberto, incluídas neste livro. Há episódios outros de singular relevância, como o recado ao pequeno Alexandre, em resposta a um pedido que o primo lhe formulara certa feita durante visita ao Cemitério e como as notícias da mãe do Dr. Marins, médico psiquiatra de Santos, fatos que desenvolveremos mais adiante, no estudo das mensagens.
1 Queridos pais, querida mãezinha Dirce e querida mãezinha Amelinha. Querido papai Severino e querido papai Olavo. Devo pedir a bênção de quatro pais amorosos e abnegados. n
2 E o que faço. E agradeço a Deus essa felicidade. O amor é a riqueza maior da vida. Compreendo isso agora, ou melhor, estou compreendendo e sinto-me feliz por isso. Gente muito moça não chega aqui com muita alteração. Vamos, pouco a pouco, lutando para penetrar o entendimento de que se precisa.
3 Talvez por isso, nossos amigos e até mesmo nosso Augusto n aqui presente me recomendam escrever. Não sei, não sei se estou mesmo assim, na condição de dar notícias construindo a paz. Entretanto, obedeço.
4 Mãezinha Dirce, estou agradecido a tudo o que fazem por me auxiliar, ajudando aos outros. A bondade que se estende, em nome dos que voltam para cá é uma espécie de relacionamento progressivo. Cada criatura que recebe alguma cousa de bom por nós, é um ponto de luz quando nos recorda.
5 Queridos pais, sei que vão gastando tempo e dinheiro, mas isso é semelhante a depósito bancário. Quem faz qualquer doação em auxílio dos outros está investindo. Mesmo que a organização de crédito venha a falir naquilo a que chamamos esquecimento ou ingratidão, temos o Resseguro de Deus.
6 A Divina Providência oferece a cobertura necessária. Nunca se sintam incompreendidos ou vítimas de alguém que haja se desinteressado de nossa vida ou de nosso afeto. 7 Quando alguém se afasta do clima de amor a que foi chamado, entrando em posição contrária à expectativa daqueles que lhes desejam o bem, é considerado nas Leis Divinas por doente e Deus determina que os débitos de carinho desse alguém para com os outros sejam devidamente remunerados.
8 Continuemos, desse modo, a trabalhar e servir. O tempo de transformar a dor em alegria e a aflição em esperança está em nossas mãos. É preciso aproveitar, estender adiante as tarefas com que fomos honrados.
9 Parece que vim para cá, à feição de menino, mas tenho estudado incessantemente. Uma nova FEI está sobre mim, n graças a Deus, ensinando-me a matemática do bem. Os problemas são vinculados ao amor em auxílio ao próximo e os cálculos se realizam na base do serviço aos outros.
10 Agradeço, querida mãezinha Dirce, tudo o que fazem por mim. Toda bênção em forma de pão e agasalho, socorro e remédio, em favor dos outros, para mim é muito importante. Um dia disse Jesus aos companheiros: “todo o bem que fizerdes a um destes pequeninos é a mim que fazeis”. ( † )
11 Para compreendermos isso, creio eu, é necessário que a gente esteja ausente do corpo, depois de estar nele por algum tempo. Isso ocorre, porque estamos ligados àqueles que amamos e tudo o que façam eles por nós na pessoa dos outros é auxílio a nos próprios.
12 Não tenho expressões para traduzir os meus agradecimentos ao paizinho Olavo e à mãezinha Amélia. Ambos conversam comigo na foto, n como se eu estivesse ali presente na imagem. E ouço tudo, porque um fio de amor nos liga uns aos outros, em todas as fases da vida quando o amor nos rege a existência. Regina, Míriam, Celso… n Tantos afetos estão comigo.
13 Peço a Deus me faça crescer no entendimento para servir.
14 Rogo à mãezinha Dirce sempre mais esperança e serenidade. A querida mãezinha inda me preocupa. Enquanto nos vemos todos juntos, noto-lhe a segurança, mas quando a solidão nos traz a lembrança, sei que as lágrimas lhe caem do coração sobre o filho que não a esquece. 15 Mamãe querida, tudo passou. Agora, é uma vida nova, diferente. Seu Tato não morreu. Apenas cumpriu a ordem de regressar para onde o esperavam e creia que voltei rico de amor e de esperança, porque todos, um dia, estaremos juntos.
16 Tanto quanto possível, continue diminuindo os tranquilizantes. Às vezes, o sono demora ou o descanso parece fugir e o medicamento é a isca do sono. Compreendo tudo isso, mas precisamos de sua saúde, porque temos muito a fazer. Agora que me ensinaram a trabalhar de outro modo, entrelacemos nossos braços e corações para servir. É servindo que seremos servidos. É amparando aos outros que os outros nos trarão o amparo preciso.
17 Muitos amigos deixam lembranças aqui aos presentes. Nosso Augusto abraça D. Yolanda n e pede-lhe a mesma fé com que nossa querida irmã sempre se revela disposta a auxiliar-nos. Estimaríamos, ele e eu, cooperar na obtenção da palavra de muitos dos presentes, mas isso é impossível. Precisaríamos de muitas máquinas mediúnicas, cujas teclas estivessem na sintonia necessária com os amigos desejosos de se expressarem.
18 Nosso irmão Ricardo Tadeu n promete à mãezinha, à irmã e ao jovem Márcio o carinho de todos os dias. O amigo Gabrielzinho n tentará deixar aos pais um recado mesmo rápido e o nosso irmão Carlos Eduardo n ainda está em condições de tratamento, sem poder exprimir-se. Nosso irmão Cremonese n está presente e diz à companheira para confiar na Bondade de Deus. Temos outros companheiros, ligados à nossa assembleia familiar que se unem aos nossos votos desejando-lhes paz e felicidade a todos. Nossa irmã Lenice, n a cuja presença fomos levados, Augusto e eu, pelas solicitações do nosso meio, está em restauração.
19 A morte é uma porta aberta a fim de que a gente escape da Terra, mas geralmente, a pessoa deixa o campo de trabalho e de luta em que vivia assim como está em si mesma. Poucos se livram das impressões primeiras com rapidez e facilidade. Morrer em si será fácil, mas deixar de ser nós mesmos é muito difícil.
20 Vou aprendendo essas cousas e transmitindo, porque os Amigos da Vida Superior me recomendam que explique tudo isso como sinto e vejo, para que ninguém se iluda com renovações apressadas.
21 Mãezinha Dirce, peço-lhe calma e fortaleza mais uma vez. Com mãezinha Amelinha, agradeçam a vovó Deolinda as preces com que me beneficia. Nossa querida vovó Pessoa e outros corações queridos estão me auxiliando.
22 Se eu pudesse, meu paizinho Severino, cobriria todas as mágoas do mundo com um véu de paz e de esperança. Creio hoje que é muito triste vermos a tristeza dos outros, sem conseguir fazer com que os outros fiquem menos tristes.
23 Paizinho Olavo, nosso Dr. Bezerra foi medicá-lo esta noite. n A indisposição já passou; estejamos tranquilos.
24 Mãezinha Dirce e meu papai Severino, se estivesse em meu poder continuaria escrevendo, escrevendo… Mas é preciso dar aquele “até logo” que põe o coração no ar, até que a saudade venha e tome conta de todas as nossas forças. Isso, porém, não impede a minha alegria e a minha gratidão a Deus por lhes haver falado.
25 Recebam todo o carinho e todo amor do filho que os acompanha com muita fé em Deus, na certeza de que Deus nos fará felizes para sempre.
Carlos Alberto
(Tato)
16 de agosto de 1975.
Iniciando a mensagem com uma colocação bastante feliz, Carlos Alberto nos ensina a compreender como investimento qualquer atitude que tomemos em beneficio do próximo, pois que o Resseguro de Deus nos garante o êxito da aplicação.
Afeito a essa nomenclatura bancária, comercial, quando vivo, Carlos Alberto se preocupava muito com o assessoramento das atividades do pai, que, com a função de escriturário do Pronto Socorro Municipal de Santos, cumula a de vendedor.
Exemplo do interesse do filho pelos negócios do pai, ocorreu pouco antes de sua morte. Como no mês de agosto de 1974, as vendas foram particularmente substanciais, Tato já previa para setembro possibilidades de bons investimentos, tendo mesmo, a respeito, trocado ideias com o pai, mal sabendo que foi essa reserva, o lucro extra de agosto, aplicada nas despesas do seu sepultamento.
Vejamos as citações da mensagem:
1 — Tato foi criado pelos pais e pelos tios que sempre viveram próximos, daí encontrarmos sempre em suas mensagens a referência aos quatro pais: Dirce e Severino, Olavo e Amélia. Os tios, e pais por afinidade, Olavo Jorge Bonfim e Amélia Pessoa da Silva Bonfim, já foram identificados em JOVENS NO ALÉM.
2 — Nosso Augusto — co-autor do livro.
3 — Uma nova FEI — Faculdade de Engenharia Industrial de São Bernardo do Campo, onde Carlos Alberto desencarnou, na quadra de basquetebol.
4 — Ambos conversam comigo na foto… — Olavo e Amélia confirmam essa observação do sobrinho, pois que habitualmente procuram conversar com a foto de Carlos Alberto, como se ele ali estivesse.
5 — Regina, Míriam e Celso — Já nossos conhecidos, mencionados em JOVENS NO ALÉM. Regina Célia da Silva Bonfìm Mariana — Míriam Aparecida Pessoa da Silva — Celso Alberto Pessoa da Silva.
6 — Nosso Augusto abraça D. Yolanda — a mãe do Augusto aparece com frequência nas mensagens dos jovens, posto que sempre que pode está presente a reuniões do Grupo Espírita da Prece, em Uberaba.
7 — Nosso irmão Ricardo Tadeu promete à mãezinha, à irmã e ao jovem Márcio — Ricardo Tadeu Richetti faleceu em São Paulo, a 2 de junho de 1971, com 19 anos, vitimado de provável intoxicação pelo aquecedor a gás do chuveiro da residência. Sua mãezinha é a Sra. Iracy de Oliveira Richetti, a irmã é a Sra. Salette Maria Richetti Parisi, mãe do jovem Márcio Marcelo Parisi.
8 — Gabrielzinho — também nosso conhecido, mencionado outras vezes no livro.
9 — Nosso irmão Carlos Eduardo — Carlos Eduardo Arias nasceu e desencarnou em Santos. Sua morte a 17 de dezembro de 1974, com 12 anos apenas, deveu-se à explosão de um recipiente de álcool. Filho de Adolpho Firveda Arias e Letícia Stutz Arias.
10 — Nosso irmão Cremonese — Eunildo Cremonese, falecido aos 53 anos, no dia 5 de dezembro de 1973, na Via Anhanguera; perto de Araras.
11 — Nossa irmã Lenice — Lenice Sampaio Brazão, estudante de Terapia Ocupacional, filha de Tabajara Teixeira Brazão e de Maria Benedita Sampaio Brazão, faleceu em acidente de motocicleta na Avenida Faria Lima, em São Paulo. Ao desencarnar, Lenice contava 20 anos.
12 — Indisposição que acometeu o tio Olavo, no dia anterior à recepção da mensagem.
1 Querida mãezinha Dirce, meu querido paizinho, meu paizinho Olavo, Deus nos proteja e nos abençoe.
2 Mãezinha, seu coração se transformou numa chama em forma de prece ou numa oração em forma de sol, de tal modo, que por mais tentasse acalmá-la, não consegui.
3 Um ano! Tanto tempo mental em tão poucos meses! E tantas saudades juntas davam para rebentar o peito. Compreendo, mamãe, tudo isso, mas peço-lhe serenidade e paz.
4 Afinal, estamos reunidos. Não pense que seu filho estava ausente neste natalício da alma. Estive, sim, em casa, durante o tempo em que isso me foi possível, e recebi suas preces, seu carinho, suas lembranças e suas flores. 5 E regozijei-me ao ver que o berço do seu Tato não estava solitário. Aquele amor de criança me pareceu uma luz nova em nosso ambiente. Um anjo que peço a Deus se transforme num homem de bem, com o afago de duas mães — mãezinha Dirce e mãezinha Amélia.
6 Recordei os dias que nos ficaram na memória e naquele rostinho suave tive a ideia de rever o meu próprio retrato. Não sei externar-lhes a minha gratidão e o meu carinho de todos os instantes. 7 Notei, mamãe, que você formulava tantas perguntas em nosso encontro espiritual de meu primeiro aniversário de renascimento. Sim, estou muito contente com a chegada de nosso André Luiz e creia que muito pedi aos nossos Benfeitores Espirituais para que seus braços maternos não ficassem vazios.
8 Agora, roguemos a Jesus para que nos ajude a vê-lo em desenvolvimento abençoado e feliz. Cada qual de nós surge na Terra com uma ficha de trabalho a executar. Em razão disso, espero que tudo possa sorrir ao presente e ao futuro do irmãozinho que os pais queridos me deram em nosso lar do mundo.
9 Creia. Achava-me ao seu lado, mãezinha Dirce, quando de nosso entendimento com o nosso caro amigo Dr. Danilo sobre o nosso pequeno companheiro e guarde a certeza com meus dois paizinhos, aqui presentes, que estou muito feliz com essa preciosa dádiva do Céu. Eu sei que um filho é trabalho, às vezes, sacrificial para os que se fazem pais na Terra, mas é uma tarefa que vem de Deus e que Deus abençoa constantemente. Por isso é que o amor dos pais é uma dedicação sobre-humana.
10 Rejubile-se comigo, querida mãezinha Dirce, pelo encargo que recebemos. Louvado seja Deus. Guiar uma criança é melhorar os destinos do mundo, quando aprendemos a conduzi-la para o bem. Doemos tudo o que tivermos de melhor ao nosso querido recém-nascido ao lar e conservemos a convicção de que amar é levantar corações para Deus.
11 Outra pergunta que você e o paizinho Severino me endereçavam no silêncio de nossa festa de almas é se me achava contente com a mudança de local das nossas lembranças. Sim, queridos paizinhos, agradeço o carinho com que se propuseram à realização do que foi feito; entretanto, embora reconhecido, peço para que não se preocupem com o lado material de nossas vivências no mundo.
12 Tenho a ideia de que por aí passamos, à maneira de viajores, utilizando veículos diversos para atingir o término da romagem. O recanto de paz em que a saudade se converte em oração permanente é venerável, em verdade, mas não deixa de ser o carro final em que se viajou para a estação de regresso da excursão empreendida. Não nos aflijamos tanto com o veículo e sim conosco, de modo a transportarmos em nós os valores imperecíveis da alma que nos entretecem a verdadeira felicidade.
13 Agradeço-lhes, queridos paizinhos, extensivamente aos paizinhos Olavo e Amelinha, todos os pensamentos de amor que me dedicaram na mudança a que me referi. Neste sentido, porém, desejo contar-lhes que passei o meu natalício número Um, em me reportando ao meu renascimento na Vida Maior, depois de nosso encontro em casa, num elevado ambiente de lições, no qual um instrutor nos deu ensinamentos de que lhes transmito alguns tópicos, à maneira das flores e dos bombons que lhes desejaria ofertar em nossa comemoração mais íntima.
14 Disse ele para nós: — “Filhos, a criatura de Deus é auxiliada por Deus mais amplamente a começar do ponto em que essa criatura começa ajudando aos outros. Não nos esqueçamos disso, para reconhecer que, pelos outros, Deus se expressará sempre em nosso benefício.”
15 E acrescentou: — “Se vocês, meninos desencarnados na Terra, tivessem obtido as maiores diplomações nas ciências humanas, conquistando o poder de sanar o câncer ou de lavar todas as chagas que atormentam a Terra, em forma de moléstias difíceis, se vocês houvessem alcançado a força de orientar multidões por decretos de autoridade suprema, renovando os processos políticos na experiência terrestre ou construindo cidades novas à base dos mais altos conhecimentos da Engenharia; e se, depois de tudo isso, não tivessem atingido o coração das criaturas para iluminá-lo com as bênçãos da compreensão e do amor, decerto teriam conseguido muito pouco. Certifiquem-se hoje de que a renovação com Jesus para que o entendimento e a solidariedade venham a reinar no mundo, é o nosso trabalho maior.”
16 Imagino, queridos pais e queridos amigos, que numa festividade doméstica um brinde melhor não poderia, de minha parte, oferecer. Trago-lhes, pois, o que senti e aprendi teoricamente para que nos unamos todos nesse movimento de espiritualidade e elevação de nossas vidas.
17 Não me programava para a comunicação pessoal nestes dias; no entanto, as preces e lágrimas de mãezinha Dirce me tocaram tão profundamente que não tive outro meio senão suplicar aos mestres me permitissem falar.
18 Vim às reuniões com os amigos e de novo contemplei a grandeza do progresso de nossas cidades, meditando nisso e associando isso à lição obtida em meu natalício e refleti que todos os nossos arranha-céus e parques, pilotis gigantescos e torres imensas, de pouco valeriam sem o amor de nossas mães e, então, estou aqui, a lembrar-me de que atualmente somos todos chamados a colocar luz e alma nos corpos de cimento e aço em que o progresso veio morar conosco na Terra, na forma de edificações arrojadas, atestando o poder de nossa cultura do cérebro.
19 Mãezinha Dirce, suas preces venceram. Aceitemos o nosso dever de construir um coração novo para a Humanidade. E nessa Engenharia do Espírito, Jesus é o Arquiteto Sábio e Justo. É preciso saber ouvi-lo para conseguirmos partilhar do privilégio de cooperar no levantamento do Mundo Melhor.
20 Agradeço as lembranças de todos os nossos. Realmente, não tenho somente o paizinho Olavo e a mãezinha Amélia, Regina e Míriam na memória, com vovó Deolinda e tia Olga. Tia Alzira e a nossa querida Alzirinha vivem nas minhas recordações. E digam ao nosso querido Alexandre que não fiquei com a flor, mas recebi o perfume e o perfume permanece em meu coração para sempre. Tanto amor nos alimenta a vida que nesse tesouro de forças é que a existência se nos equilibra para que se possa seguir à frente. Meu afeto e meu agradecimento a todos.
21 Nosso caro Beto está presente e beija a nossa querida irmã D. Lucy. José Roberto é um companheiro admirável e a medicina para ele continua em valiosa preparação ante o futuro. Nossa irmã Lucy permaneça tranquila, porque o filho abençoado não a esquece e se preocupa em vê-la serena e valorosa como sempre. Nossos amigos Augusto e o nosso caro companheiro que ontem se dirigiu aos pais queridos, o outro José Roberto, estão aqui conosco e me auxiliam. Vovó Zezé comigo nos abençoa.
22 Devo dizer à nossa querida irmã Acácia que visitamos nossa irmã e benfeitora D. Pia em seu refazimento. Não é preciso dizer à nossa Acácia que aquela mãezinha adorável a quem nós todos amamos está muito bem, como não podia deixar de ser. Creio, pela elevação dela, que os companheiros amadurecidos no mundo físico são aqui os jovens, sempre que chegam de consciência premiada pela bênção do dever cumprido e nós, os jovens do Plano material, aqui aportamos, na condição de velhos inadaptados pela inconformação que, muitas vezes, aqui se nos faz o traço particular.
23 D. Pia, na posição de mãe, efetivamente mostra aquela doce e inevitável inquietação de todos os corações maternos, quando à distância dos filhos; mas prepara-se para reentrar no apostolado em que sempre viveu. E agora, em Espírito, conseguirá realizar muito mais com Jesus. Estamos certos disso.
24 Agora, queridos paizinhos, é o abraço do “até breve” no mundo dos lápis, porque, pelo coração, estaremos sempre e cada vez mais juntos. Mãezinha Dirce, não chore mais e agora, com o Andrezinho, temos o nosso melhor tranquilizante.
25 Querida mãezinha, seu filho procurou responder a todas as suas solicitações. Continuemos com firmeza nas tarefas do bem aos outros para recebermos o nosso bem maior. Paizinho Severino, mãezinha Dirce, meu paizinho Olavo, com todos os irmãos e irmãs queridos, guardem o meu abraço de carinhoso reconhecimento.
26 Aos queridos paizinhos, novamente, reafirmo a gratidão e a ternura que me acendem na alma e lhes beijo as mãos com o amor sempre mais amor de todos os dias,
Carlos Alberto
(Tato)
21 de setembro de 1975.
Carlos Alberto se dirige à mãe, após o primeiro ano de sua passagem para o Além. Compreendendo o seu desespero, inconsolável ante as lembranças do 17 de setembro, o filho busca tranquilizá-la. Aliás, o encontro em Uberaba, reunindo os pais com o filho desencarnado, é enriquecido com um fato novo que veio modificar a dinâmica familiar, sempre voltada ao único filho, falecido em São Bernardo do Campo.
Falamos de André Luiz, o irmãozinho que chegara ao lar, alguns dias antes da psicografia dessa mensagem que é essencialmente familiar, a despeito de nela encontrarmos elementos novos de identificação, com citações numerosas e preciosas lições, quais as da reunião na Espiritualidade, quando do primeiro aniversário da desencarnação do Carlos Alberto, em que o mentor traz muitos ensinamentos aos jovens reunidos no Plano Espiritual.
Regina e Míriam foram lembradas na mensagem anterior. Vovó Deolinda e tia Olga aparecem em JOVENS NO ALÉM, assim como tia Alzira.
Vovó Deolinda é Deolinda Glianda da Silva: tia Olga, Olga Bonamini Pessoa da Silva e tia Alzira, Alzira Bonfim da Silva Vitorino.
Assim como o Dr. Danilo, Danilo Patrão Assis, médico ginecologista de Santos, Alzirinha é citação nova. Trata-se da prima do Carlos Alberto, Alzira Maria Bonfim Faria Santos, casada com o Dr. Olindo Faria Santos, residente em São Paulo.
É realmente conhecida pelos familiares mais chegados como Alzirinha.
O Alexandre, citado a seguir na mensagem, é o pequeno Alexandre Bonfim Faria Santos, primo do Tato, filho da Alzirinha. Com o garoto de apenas 5 anos ocorreu o seguinte episódio no Cemitério do Saboó, em Santos:
Encontrava-se a família em visita ao túmulo do Carlos Alberto, quando Alexandre pegou uma flor — uma rosa branca — com o propósito de colocá-la no túmulo do primo e ao ser interpelado por D. Dirce que lhe pediu a rosa, disse:
— “Não, tia Di, esta aqui eu vou dar, prá ele saber que sou eu quem está dando.”
Chegou perto da sepultura e disse:
— “Cacum (como chamava o primo), olhe aqui! Esta flor é sua: estou te dando, prá ver se na outra carta você fala no meu nome.”
Palavras de um menino de 5 anos que estava aborrecido pelo fato de seu nome não ter sido lembrado pelo primo, nas mensagens do Chico.
Cerca de dois meses depois, Carlos Alberto atende-lhe o pedido, dizendo na mensagem:
“E digam ao nosso querido Alexandre que não fiquei com a flor, mas recebi o perfume…”
Na sequência da mensagem, Tato menciona os nomes do José Roberto e sua mãe, D. Lucy, já nossos conhecidos. Fala do Augusto, da vovó Zezé, a mesma vovó Pessoa lembrada em JOVENS NO ALÉM, e fala ainda no “outro José Roberto”, o José Roberto Pereira Cassiano, conhecido como Shabi, que faleceu a 9 de março de 1974, com 23 anos, em acidente na Via Anchieta. Shabi era filho do Sr. Abigail Pereira Cassiano e Maura Pereira Cassiano.
Após dar notícias de D. Pia, já nossa conhecida, Carlos Alberto encerra a mensagem. Página muito rica de revelações, retomada de posições pelo conjunto familiar, face a compromissos novos, destaca-se sobretudo das linhas psicografadas que é grande a preocupação nos nossos entes queridos desencarnados, pelas afeições que deixaram na Terra. Vivem ligados conosco e toda vez que apresentamos algum desequilíbrio, alguma vacilação ou dúvida, eles sofrem muito, tentando de toda forma consolar-nos.
Devemos, pois, oferecer a eles o clima indispensável de paz e resignação para que possam também ser felizes no Além, menos ligados às nossas preocupações, para as quais não podem encontrar solução imediata, ainda porque essas preocupações nascem da saudade e do inconformismo, ante as novas realidades que enfrentamos.
Na introdução às mensagens do Carlos Alberto, sob o título de A Volta do Jovem Santista, apresentamos comentários ao trecho da mensagem ora em estudo, na qual o Tato se refere aos pais, a respeito da mudança de seus despojos, no cemitério. Quando o jovem santista desenvolvendo o assunto grifa “festa de almas”, o faz em referência ao aniversário de sua morte, ocorrida a 17 de setembro de 1974.
1 Querida mãezinha Dirce e meu querido paizinho Severino. Peço a bênção que sempre me faz profundamente feliz, ao mesmo tempo que rogo a Deus nos proteja.
2 Penso que será um privilégio, mas sei que sou desculpado. As mães sabem o que seja o amor, quando se condensa na saudade e os colegas aqui são os companheiros dedicados que me compreendem.
3 Entendo que os corações abençoados, aqui reunidos, exercerão, como sempre, a tolerância de que necessito e tentarei prosseguir em meu correio do coração.
4 Mãezinha Dirce, o assunto é mais entre nós. Hoje reconhecemos que a chamada “morte” de um filho é uma chaga aberta na sensibilidade das mães e dos pais que ficam. Ferida íntima que exige tratamento. E essa terapêutica, mãezinha querida, é a assistência medicamentosa do carinho e da compreensão transformados em palavras.
5 Observo que não sou o dono das frases providenciais. Nunca soube encaixar os verbos adequados ao consolo e à construção de Espiritualidade, mas um filho será sempre alguém para as mães, alguém diferente, com o dom de restaurar e lenir, reconfortar e reaver energias.
6 Rogo ao seu devotamento para que a fortaleza se faça em nós. Nada de angústia ou de aflição vazia. Sei que a sua ternura com a abnegação de meu pai fazem o máximo para que os nossos recursos de resistência se entrelacem na garantia de nossa segurança.
7 A casa de saúde, mãezinha, é um lar de reconforto e de cura; no entanto, as doenças da alma, como sejam a carência de afeto — presente e a falta de alguém que nos supre de forças, as saudades sem conta e os anseios de reencontro que o tempo nos reclama esperar, no fundo, são provações que os remédios humanos, respeitáveis embora, não conseguem afastar. 8 Poderemos, sim, anuviar o pensamento com certos fatores de acalmia que realmente não resolvem. Anestesiar não é esquecer. As chagas voltam no ponto em que as deixamos, sempre que a nossa opção se incline pela farmácia da Terra. É por isso que lhe peço continuarmos na reconquista de sua própria integração completa em si mesma.
9 Quanto pudermos, concentremos atenções em nosso caro André Luiz. Acompanho a evolução e crescimento do irmãozinho que recebi da Divina Providência com o enlevo de todos os dias, qual se me achasse, de novo, em nossa casa na Terra.
10 Compreendo que a nossa querida mãezinha Amélia divide conosco os mesmos cuidados de outro tempo, quando me tutelava por filho, de partilha com o seu carinho do coração. Andrezinho é para nós também um enfermeiro-mirim, porque, em lhe oferecendo preocupações, nos transforma o tempo de ansiedade em horas de paz e de nova esperança. 11 Mãezinha Dirce, estaremos juntos. Dá para sorrirmos um tanto, pois o nosso querido Andrezinho é para nós um ponto de encontro. Isso ocorre porque o irmãozinho não chegou ao nosso ambiente sem muita significação para nós.
12 Às vezes, mãezinha, a única maneira de suprimir nossas dores é a dádiva de novas inquietações no caminho. Sei que a saudade é uma flor de rara beleza no terreno de nossas almas; entretanto, a saudade exala um perfume capaz de intoxicar-nos sempre que estejamos exagerando nas doses.
13 Agora, mãezinha, a nossa estrada para o reencontro há de ser asfaltada de muito trabalho na dedicação ao próximo, a fim de que o carro de nossos desejos continue viagem para a frente, sem riscos de tristeza ou de enfermidade que sempre provocam desastres por dentro do coração.
14 Creiamos na alegria e na paz, na certeza de que a felicidade é nossa, desde que estejamos dispostos a sustentá-la. Tudo na Terra, nos setores da existência que desfrutamos, vai passando com a rapidez de um curso para determinadas lições. 15 É preciso converter nossas ânsias em meios de servir e os nossos minutos em bondade e compreensão no apoio aos semelhantes, porque, efetivamente, hoje reconheço que caridade não é propriamente o meio de dar e sim, principalmente, o canal para receber.
16 Auxiliando a alguém, temos o apoio desse alguém, no sentido de esvaziarmos o próprio espírito do peso de muitas incompreensões que simplesmente nos prejudicam. Agradeço ao seu carinho materno e a meu paizinho Severino, à mãezinha Amélia e ao meu paizinho Olavo, à vovó Deolinda e a todos os nossos, o que fazem no auxílio aos outros em meu nome e rogo a Deus faça render na Contabilidade da Vida, a cem e a mil por uma, todas as bênçãos que distribuem, recordando-me a presença e o carinho. E continuemos na mesma senda de amor, porque, por essa trilha iluminada de fé, chegaremos, sem problemas, aos nossos objetivos.
17 Agradeço o seu esforço na diminuição dos remédios e, graças a Deus, registro que a sua dedicação em tranquilizar-nos é um agente seguro. Digo assim, porque a vejo quase absolutamente livre desses apoios químicos que são bênçãos de Deus, entretanto, das quais não devemos usufruir senão pelo tempo necessário.
18 Somos agradecidos ao seu entendimento, satisfazendo-nos o pedido, e agora, mãezinha Dirce, é preciso defendermos a saúde orgânica do paizinho Severino. Meu pai está na condição do tronco bendito que nos escorou por muitos meses seguidos e, agora, à medida que melhoramos, em matéria de segurança, ele assinala os efeitos de nossas lutas.
19 Paizinho, é indispensável auxiliar-se, reconstituindo as próprias forças. Vovó Pessoa e muitos amigos estão a postos, no auxílio de que carecemos.
20 Peço aos queridos paizinhos dizerem ao nosso caro amigo Dr. Marins n que não me esqueci das solicitações dele junto à mãezinha nos dias últimos da Terra. Ele conversava comigo pelo sem fio do coração e tomei nota. Sou realmente muito pequeno ainda, mas desejo aprender gratidão na escola do amor. Digam a ele que a nossa querida Dona Izaura n está repousando. Repousando para novamente fortalecer-se. Afeições numerosas dispensam-lhe todas as atenções que merece e, muito em breve, aquele coração de mãe brilhará sobre ele e sobre os entes queridos do mundo, como a estrela de paz que sempre foi, no campo da família e nas bênçãos do lar.
21 Rogo transmitirem ao nosso Piva todos os meus votos de confiança e de afeto. Ele e o Iwaldo, n nobres companheiros, tantas vezes me recordam e perguntam se realmente estou vivo… E estou cada vez mais presente, a fim de ouvi-los. Muitos obstáculos surgem hoje na Terra para os que atravessam as faixas da mocidade. E notadamente os jovens cristãos lutam muito a fim de conservar a fé. Mas os nossos queridos amigos saberão caminhar com Jesus nos recessos da alma.
22 Mãezinha Dirce, a vida é a vida e ninguém morre. Prossigamos sempre unidos, fazendo por todos os nossos quanto nos seja possível em apoio e compreensão. Digo nossos para lembrar os que se encontram mais intimamente associados à nossa vida. Nosso querido Fernando n e nosso querido Alexandre, com todos os mais crescidos são nossos, nossos tesouros de trabalho, que nos ofertam as melhores oportunidades de entender e ajudar, abençoar e servir.
23 Amigos aqui nos recomendam transmitir-lhes as lembranças. Nosso Augusto é o companheiro invariável, dando-nos frente e cooperação para que sejamos os irmãos contentes na execução de nossa vontade de falar e de construir. Ele abraça a nossa Dona Yolanda, afirmando que se acham sempre juntos.
24 Senhor Abreu n comunica à nossa irmã Dona Laura a certeza de que permanece ao lado dela, amparando a família, especialmente ao filho Júnior. José Roberto beija as mãos dos pais queridos; nossos caros irmãos Nasser e Nicolela n estão aqui associados às nossas preces, rogando a Jesus pela felicidade dos pais queridos. Nosso Carlos Alberto, o Toledo, n compartilha de nosso contentamento, enlaçando os pais no carinho de sempre e o nosso amigo Shabi n é aquele coração irradiante, entre os pais abençoados, clareando o nosso ambiente com um sorriso de paz e luz, a encorajar-nos para o exercício do bem.
25 Muitos amigos outros estão presentes e a lista seria talvez muito grande para a minha pequena capacidade de registrar.
26 Mãezinha Dirce, tenhamos fé para vencer, fé em Deus e em nós mesmos. Um amigo ainda nos recomenda registro. É o irmão Antônio, explicando às nossas queridas irmãs Dona Yolanda e Dona Mafalda n que ele está colaborando para que a saúde de Dona Mafalda esteja plenamente refeita.
27 Sei que os telerrecados de carinho cruzam nos fios de meu pensamento… Por isso, peço a todos os presentes para se sentirem lembrados, amados, auxiliados e sempre queridos.
28 Paizinho Severino e mãezinha Dirce, recebam todo o amor no reconhecimento do Tato que lhes acompanha os corações com a fidelidade e com o reconhecimento de todos os dias.
29 Sei que ambos agora cabem nos meus braços. Aquele que se desenvolveu nos braços dos pais queridos volve agora, de regaço amplo para guardá-los juntos… Fiquem aqui, bem aqui comigo, corações no meu coração e rezemos os três juntos: “Pai Nosso que estás nos Céus”. Trago-lhes a luz que me deram, a luz da oração que nunca se apaga…
30 E com as suas preces de amor, deixa-lhes o carinho total da sua vida, com muito amor e com muita saudade, o Tato sempre de vocês e sempre filho reconhecido,
Carlos Alberto
(Tato)
28 de fevereiro de 1976.
O recado do Dr. Marins coloca em evidente destaque a limpeza da filtragem mediúnica.
Quando a mãezinha do psiquiatra se encontrava agonizando, no Natal do ano passado, o Dr. Marins pediu ao Espírito do Tato que a amparasse no Plano Espiritual. E nessa mensagem de fevereiro de 1976, dois meses após a morte de D. Izaura, Carlos Alberto pede aos pais que digam ao amigo médico ter ele ouvido sua solicitação, ao lado do corpo da mãe, cujo nome inclusive cita na mensagem. O Chico não conhecia a mãe do Dr. Marins, ignorava-lhe o nome e nada sabia de seu falecimento…
Além dos já conhecidos, identificaremos os nomes lembrados na mensagem:
1 — Dr. Marins — José Marins, médico psiquiatra de Santos. Teve participação em JOVENS NO ALÉM, através de interessante diálogo com o Carlos Alberto, logo em seguida à sua desencarnação.
2 — D. Izaura — como falamos acima, genitora do Dr. Marins. D. Izaura Rodrigues Marins desencarnou no dia de Natal de 1975, com 80 anos, em Santos.
3 — Piva e Iwaldo — companheiros do Tato, nas incursões pelo Braille, como mencionamos nos seus Traços Biográficos em JOVENS NO ALÉM. Piva é o José Maria Piva e Iwaldo, o Iwaldo Ferreira Martins.
4 — Nosso querido Fernando — citado junto com o Alexandre, já nosso conhecido. É outro primo do Carlos Alberto, o Fernando Bonfim Mariana.
5 — Senhor Abreu, D. Laura e o Júnior — Serafim Pereira de Abreu, falecido em São Paulo, em 1973. Sua esposa Laura Moreira de Abreu também, juntamente com o marido, é nossa conhecida de JOVENS NO ALÉM. Serafim Pereira de Abreu Júnior, o Júnior lembrado pelo pai, é um dos filhos do casal.
6 — Nossos caros irmãos Nasser e Nicolela — Este é amigo de infância de Nasser, já mencionado anteriormente. Com apenas 6 anos de idade, Paulo Maria Vicente Perponi Nicolela faleceu em 3 de julho de 1963. Filho de Paschoal e Angelina Nicolela; sua mãe desencarnou recentemente, em 31 de março de 1976.
7 — Carlos Alberto, o Toledo — Carlos Alberto de Toledo, filho do Dr. Carlos Eduardo Toledo e de D. Olga Toledo. Morreu, vitimado por acidente de moto, aos 22 anos, às vésperas do Natal de 1969.
8 — Shabi — já apresentado na mensagem anterior. [v. Filhos Voltando]
9 — D. Yolanda e D. Mafalda — Mafalda Giudice é irmã de D. Yolanda Cezar. O irmão Antônio, pai de D. Yolanda, já é nosso conhecido.
As avós a que se refere o Tato, vovó Deolinda e vovó Pessoa também já foram apresentadas ao leitor em JOVENS NO ALÉM. D. Deolinda Glianda da Silva, a avó materna, reside em Santos e a vovó Pessoa, sua bisavó materna, Maria Josefa Pessoa dos Santos, faleceu em Portugal há mais de 70 anos.
Entre tantas ponderações, junto à mãezinha, Carlos Alberto no início de sua mensagem fala em casa de saúde, observação feita ao fato de D. Dirce, alguns meses atrás, ter ficado internada na Casa de Saúde de Santos, em recuperação médica intensiva.
Caio Ramacciotti