1 Milhões de pessoas se dedicam, na Terra, aos exercícios de aperfeiçoamento individual, em regime de solidão.
2 Internam-se em celas, rochas, covas e pousos agrestes; deitam-se sobre espinhos, maceram o próprio corpo, adotam posturas de auto-flagelação ou abraçam dietas de fome, procurando realizar a união com Deus, através de austeridades ascéticas.
3 Efetivamente, todos esses sistemas de autoeducação se erigem por estradas respeitáveis, cujo mérito não nos seria lícito sonegar.
4 Entretanto, com Jesus, podemos esposar onde estivermos a disciplina da cruz, melhorando a nós próprios e amparando os outros.
5 Não teremos de enfrentar o jejum de sacrifício, mas seremos naturalmente chamados a severas restrições da alma com a renúncia ao apoio e ao afeto de seres queridos que nos reclamam abnegação e carinho para entenderem a vida com segurança.
6 Não estaremos compelidos à reclusão nos ermos, no entanto, em muitos lances da existência, sofreremos ostracismo no próprio lar, exemplificando tolerância e devotamento.
7 Não tentaremos repousar sobre pregos e espinhos, entretanto, carregaremos na alma, bastas vezes, incompreensões e provas convertidas em estiletes invisíveis de angústia; e não nos veremos induzidos a exercícios que demandem tormentos corpóreos, mas, em muitos episódios do dia a dia, nos reconheceremos constrangidos ao esforço constante nas obras do Bem, frequentemente, diante daqueles mesmos que nos agridem os melhores propósitos de elevação.
8 Se aspiras a encontrar libertação e burilamento, abraça a cruz de provas que a existência no mundo te oferece, e, seguindo as rotas do Cristo, na disciplina da caridade, jornadearás sempre em caminho certo, porque o amor estará sempre contigo por fonte de vida e luz a brilhar.
Emmanuel