1 Contemplo-te, roseira, em vagas de perfume…
A exaltação da cor resplandece e domina…
Pétalas de rubis na touca esmeraldina,
Toda a beleza em ti como que se resume!…
2 Surge o Homem, porém… Lâmina em fino gume,
Decepa a veste em luz que te guarda e acetina…
Relegada à nudez, mutilada e mofina,
Suporta na raiz nova carga de estrume!…
3 No entanto, estranha ao lodo e aos podões agressores,
Recobres-te de verde e lanças novas flores,
Leal à vida em si que te nutre e socorre!…
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4 Alma, fita a roseira humilde, atenta e boa,
Embora o fel do mundo, ama, serve, abençoa
E encontrarás com Deus o amor que nunca morre.
Narcisa Amália
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