O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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Na edificação da fé

1 Ninguém edificará o santuário da fé no coração, sem associar-se, com toda alma, naquilo que é de belo e de superior dentro da vida.


2 Para alcançar, porém, a divina construção, não nos bastam os primores intelectuais, a eloquência preciosa, o êxtase contemplativo ou a desenvoltura dos cálculos no campo da inteligência.


3 Grandes gênios do raciocínio são, por vezes, demônios da miséria e da morte.

4 Admiráveis doutrinadores, em muitas ocasiões, são vitrines de palavras brilhantes e vazias.

5 Muitos adoradores da Divindade, frequentemente mergulham-se na preguiça a pretexto de cultuar a Glória Celeste.

6 Famosos matemáticos, não raro, são símbolos de sagacidade e exploração inferior.


7 Amemos o trabalho que a Eterna Sabedoria nos conferiu, onde nos situamos, afeiçoando-nos à sua execução sempre mais nobre, cada dia, e seremos premiados pela grande compreensão, matriz abençoada de toda a confiança, de toda a serenidade e de todo o engrandecimento do espírito.


8 Para penetrar os segredos da estatuária, o escultor repete os golpes do buril milhares de vezes.

9 Para produzir o vaso de que se orgulhará em missão bem cumprida, o oleiro demora-se infinitamente ao contato da argila.

10 Para expor as peças com que enriquecerá o conforto humano, o carpinteiro, de mil modos, recapitulará, o aprimoramento do tronco bruto.


11 Não te queixes se a fé ainda te não coroa a razão.

12 Consagra-te aos pequeninos sacrifícios, na esfera de tuas diárias obrigações, à frente dos outros, cede de ti mesmo, exercita a bondade, inflama o otimismo por onde passes, planta a gentileza de teus sonhos, movimenta-te no ideal de sublimação que elegeste para alvo de teu destino…
Aprende a repetir para que te aperfeiçoes…


13 Não vale fixar indefinidamente as estrelas, amaldiçoando as trevas que ainda nos cercam.

14 Acendamos a vela humilde de nossa boa vontade, no chão de nossa pobreza individual, para que as sombras terrestres diminuam e o esplendor solar sintonizar-te-á com a nossa flama singela.

15 A tomada insignificante é o refletor da usina, quando ligada aos seus poderosos padrões de força.


16 Confessemos Jesus em nossos atos de cada hora, renovando-nos com Ele e sofrendo felizes em seu roteiro de renunciação, auxiliando a todos e servindo, cada vez mais, em Seu Nome, e, de inesperado, reconheceremos nossa alma inundada por alegria indizível e por silenciosa luz…


17 É que o trabalho de comunhão com o Mestre terá realizado em nós a sua obra gloriosa, e a fé perfeita e divina, por tesouro inalienável, brilhará conosco, definitivamente incorporada à nossa vida e ao nosso coração.


Emmanuel


Texto extraído da 1ª edição desse livro.

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