“… E amarás o teu próximo como a ti mesmo.” — JESUS (Lucas, 10.27)
1 Irmãos!
Quando estiverdes à beira do desânimo porque alfinetadas do mundo vos hajam ferido o coração;
2 quando o desespero vos ameace, à vista das provações que se vos abatem na senda, reflitamos naqueles companheiros outros que se agoniam, junto de nós, em meio dos espinheiros que nos marginam a estrada;
3 nos que foram relegados à solidão sem voz de amigo que os reconforte;
4 nos que tateiam, a pleno dia, ansiando por fio de luz que lhes atenue a cegueira;
5 nos que perderam o lume da razão e se despencaram na vala da loucura;
6 nos que foram arrojados à orfandade quando a existência na Terra se lhes esboça em começo;
7 naqueles que estão terminando a romagem no mundo atirados à ventania;
8 nos que desistiram do refúgio na fé e se encaminham, desorientados, para as trevas do suicídio;
9 nos que se largaram à delinquência comprando arrependimentos e lágrimas na segregação em que expiam as próprias faltas;
10 nos que choram escravizados à penúria, a definharem de inanição!…
11 Façamos isso e aprenderemos a agradecer a Bondade de Deus que a todos nos reúne em sua bênção de amor, de vez que a melancolia se nos transformará, no ser, em clarão de piedade, ensinando-nos a observar que por mais necessitados ou sofredores estejamos, dispomos ainda do privilégio de colaborar com Jesus na edificação do Mundo Melhor, pela felicidade de auxiliar e pelo dom de servir.
Emmanuel
(Reformador, dezembro 1969, p. 269)