“Portanto, não vos inquieteis com o dia de amanhã, pois o amanhã trará os seus cuidados…” — JESUS (Mateus, 6.34)
1 A paciência em si não se resume à placidez externa que estampa serenidade na face e conserva o pensamento atormentado e convulso.
2 Indubitavelmente, semelhante esforço da criatura, na superfície das manifestações que lhe dizem respeito, é o primeiro degrau da paciência e deve ser louvado pelo bem que espalha.
3 Paciência real, entretanto, não é feita de emoções negativas, dificilmente refreadas no peito e suscetíveis de explosão. Tolerância autêntica descende da compreensão e todos possuímos, no íntimo, todo um arsenal de raciocínios lógicos, a fim de garanti-la por cidadela de paz na vida interior.
4 Em qualquer dificuldade com que sejamos defrontados, não auferiremos efetivamente qualquer lucro, em nos impacientarmos, conturbando ou destruindo a própria resistência.
5 Muito aluno digno perde a prova em que se acha incurso no ensino, não pela feição do problema proposto e sim pela própria excitabilidade na hora justa da promoção.
6 Recordemos que a vida é sempre uma grande escola.
7 Cada criatura estagia no aprendizado de que necessita e cada aprendizado é clima de trabalho com oportunidade de melhoria.
8 Desespero é desgaste.
9 Irritação é prejuízo antes do ajuste.
10 Reflete nisso e, à frente de quaisquer empeços, acalma-te para pensar e pensa o bastante, a fim de que possas acertar com a vida e servir para o bem.
Emmanuel
(Reformador, julho de 1969, p. 148)