“… Nem haja alguma raiz de amargura que, brotando, nos perturbe e, por meio dela, muitos sejam contaminados.” — PAULO (Hebreus, 12.15)
1 É razoável estejamos sempre cautelosos a fim de não estendermos o mal ao caminho alheio.
2 Os outros colhem os frutos de nossas ações e oferecem-nos, de volta, as reações consequentes. 3 Daí, o cuidado instintivo em não ferirmos a própria consciência, seja policiando atitudes ou selecionando palavras, para que vivamos em paz à frente dos semelhantes, assegurando tranquilidade a nós mesmos.
4 Em muitas circunstâncias, contudo, não nos imunizamos contra os agentes tóxicos da queixa. 5 Superestimamos nossos problemas, supomos nossas dores maiores e mais complexas que as dos vizinhos e, amimalhando o próprio egoísmo, cultivamos indesejável raiz de amargura no solo do coração. 6 Daí brotam espinheiros mentais, suscetíveis de golpear quantos renteiam conosco, na atividade cotidiana, envenenando-lhes a vida.
7 Quantas sugestões infelizes teremos coagulado no cérebro dos entes amados, predispondo-os à enfermidade ou à delinquência com as nossas frases irrefletidas! Quantos gestos lamentáveis terão vindo à luz, arrancados da sombra por nossas observações vinagrosas!
8 Precatemo-nos contra semelhantes calamidades que se nos instalam nas tarefas do dia a dia, quase sempre sem que venhamos a perceber. 9 Esqueçamos ofensas, discórdias, angústias e trevas, para que a raiz da amargura não encontre clima propício no campo em que atuamos.
10 Todos necessitamos de felicidade e paz; entretanto, felicidade e paz solicitam amor e renovação, tanto quanto o progresso e a vida pedem trabalho harmonioso e bênção de sol.
Emmanuel
[1] O título entre parênteses é o mesmo da mensagem original ela foi liberada para publicação em 1972 e publicada efetivamente em 1979 pela FEB e é a 42ª lição do
livro “Ceifa de luz.”