“Interrogado pelos fariseus sobre quando viria o Reino de Deus, Jesus lhes respondeu: Não vem o Reino de Deus com aparências exteriores.” — (LUCAS, 17.20)
1 A Terra de hoje reúne povos de vanguarda na esfera da inteligência.
2 Cidades enormes são usadas, à feição de ninhos gigantescos de cimento e aço, por agrupamentos de milhões de pessoas.
3 A energia elétrica assegura a circulação da força necessária à manutenção do trabalho e do conforto doméstico.
4 A Ciência garante a higiene.
5 O automóvel ganha tempo e encurta distâncias.
6 A imprensa e a radiotelevisão interligam milhares de criaturas num só instante, na mesma faixa de pensamento.
7 A escola abrilhanta o cérebro.
8 A técnica orienta a indústria.
9 Os institutos sociais patrocinam os assuntos de previdência e segurança.
10 O comércio, sabiamente dirigido, atende ao consumo com precisão.
11 Entretanto, estaremos diante de civilização impecável?
12 À frente desses empórios resplendentes de cultura e progresso material, recordemos a palavra dos instrutores de Allan Kardec, nas bases da Codificação do Espiritismo.
13 Perguntando a eles “por que indícios se pode reconhecer uma civilização completa”, através da questão número 793, constante de “O Livro dos Espíritos”, deles recolheu a seguinte resposta:
14 “Reconhecê-la-eis pelo desenvolvimento moral. Credes que estais muito adiantados, porque tendes feito grandes descobertas e obtido maravilhosas invenções; porque vos alojais e vestis melhor do que os selvagens. Todavia, não tereis verdadeiramente o direito de dizer-vos civilizados, senão quando de vossa sociedade houverdes banido os vícios que a desonram e quando viverdes, como irmãos, praticando a caridade cristã. Até então, sereis apenas povos esclarecidos, que hão percorrido a primeira fase da civilização.”
15 Espíritas, irmãos! Rememoremos a advertência do Cristo, quando nos afirma que o Reino de Deus não vem até nós com aparências exteriores; ( † ) para edificá-lo, não nos esqueçamos de que a Doutrina Espírita é luz em nossas mãos. Reflitamos nisso.
Emmanuel
[1] O título entre parênteses é o mesmo da mensagem original publicada em 1966 pela FEB e é a 8ª lição do
livro “Entre irmãos de outras terras.”