O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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Segue-me — Emmanuel


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Caminhos cruzados n

(Escarnecedores)

“Sabendo primeiro isto: que nos últimos dias virão escarnecedores, andando segundo as suas próprias concupiscências.” — (2 Pedro, 3.3)


1 De todos os elementos que tentam perturbar as obras divinas, os escarnecedores são os mais dignos de piedade fraternal. É que são enfermos pouco suscetíveis de medicação, em vista de serem profundamente ignorantes ou profundamente perversos.

2 O escarnecedor costuma aproximar-se dos trabalhadores fiéis das ideias novas exigindo-lhes provas concludentes das afirmações espirituais que lhes constituem a divina base do trabalho no mundo.

3 É interessante, porém, observar que pedem tudo, sem se disporem a dar coisa alguma. 4 Querem provas da verdade; contudo, não abandonam as cavernas mentais em que vivem usualmente, nem mesmo para vê-las. 5 Querem demonstrações espirituais agarrados, à maneira de vermes, aos fenômenos materiais. 6 Os infelizes não percebem que se emparedaram no desconhecimento da vida, ou no egoísmo que lhes agrava os instintos perversos. 7 E tocam a rir nos caminhos do mundo, copiando os histriões da irresponsabilidade e da indiferença. 8 Zombam de todas as reflexões sérias, mofam de todos os ideais do bem e da luz… 9 Movimentam nobres patrimônios intelectuais no esforço de destruir e, por vezes, conseguem cavar fundo abismo onde se encontram.

10 Os aprendizes sinceros do Evangelho devem, todavia, saber que semelhantes desviados andarão na Terra segundo as próprias concupiscências. São folhas conscientes do mal que só a Misericórdia Divina poderá transformar, ao sublime sopro de suas renovações. 11 É preciso não perder tempo com essa classe de perturbadores contrários às atividades do bem. São expoentes do escárnio, condenados a receber as consequências dele. Por si mesmos já são bastante desventurados.

12 Se, algum dia, cruzarem-te o caminho suporta-os com paciência e entrega-os a Deus.


Emmanuel



[1] O título entre parênteses é o mesmo da mensagem original, diferindo apenas na palavra marcada, foi publicado no Reformador em maio de 1943, p. 105, e é a 11ª lição do livro “Perante Jesus.”


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