“E saíram os fariseus e começaram a disputar com ele, pedindo-lhe, para o tentarem, um sinal do Céu.” — (MARCOS, 8.11)
1 No Espiritismo cristão, de quando em quando aparecem aprendizes do Evangelho sumamente interessados em atender a certas requisições, no capítulo da fenomenologia psíquica.
2 Exigem sinais do Céu, tangíveis, incontestáveis.
3 Na maioria das vezes, porém, a movimentação não passa de simples repetição do gesto dos fariseus antigos.
4 Médiuns e companheiros outros, em grande número, não se precatam de que os pedidos de demonstrações celestes são formulados, quase que invariavelmente, em obediência a propósitos inferiores.
5 Há ilações lógicas no assunto, que importa não desprezarmos. Se um Espírito permanece encarnado na Terra, como poderá fornecer sinais de Júpiter? 6 Se as solicitações dessa natureza, endereçadas ao próprio Cristo, foram situadas no âmbito das tentações, com que argumento poderão impô-las os discípulos novos aos seus amigos do Invisível?
7 Ao invés disso, aliás, os aprendizes fiéis devem estar preparados para o trabalho demonstrativo de Jesus, na Terra.
8 É óbvio que o cristão não possa provocar uma tela mágica sobre as nuvens errantes, mas pode revelar como se exerce o ministério da fraternidade no mundo. Não poderá desdobrar a paisagem total onde se movimentam as criaturas desencarnadas, em outros campos vibratórios; entretanto, está habilitado a prestar colaboração intensiva no esclarecimento dos homens do presente e do futuro.
9 Quem reclama sinais do Céu será talvez ignorante ou portador de má-fé, contudo, o seguidor da Boa Nova que procura satisfazer o insensato é distraído ou louco.
10 Se te requisitam demonstrações exóticas, replica, resoluto, que não foste designado para a produção de maravilhas e esclarece a teu irmão que permaneces determinado a aprender com o Mestre a ciência da Vida Abundante, a fim de ofereceres à Terra o teu sinal de amor e luz, inquebrantável na fé, para não sucumbir às tentações.
Emmanuel
[1] O título entre parênteses é o mesmo da mensagem original publicada em 1952 pela FEB e é a 145ª lição do
livro “Vinha de luz” — Esse capítulo foi restaurado: Texto do livro impresso.