1 Louvemos a Deus em nossa canção cotidiana, aprendendo a agradecer-lhe as dádivas incessantes e a expor-lhe, em silêncio, as nossas necessidades fundamentais, entretanto, não nos esqueçamos da submissão incondicional aos Seus Desígnios para que um dia venhamos a senhorear a Herança Divina que o Seu Infinito Amor nos reserva.
2 Ante o pão simples que te nutre os dias terrestres, recorda a obediência dos elementos da natureza para que teu corpo não desfaleça aos assaltos da inanição.
3 A semente do trigo, decerto, teria desejado permanecer na quietação do celeiro, mas a lei do progresso, compeliu-a a sofrer solidão e morte, na cova obscura, desenfaixando-lhe os princípios de vida oculta para convertê-los no embrião promissor.
4 O grelo tenro teria aspirado o sossego inalterável do ninho em que distendia as folhas primeiras, contudo, a lei do progresso obrigou-o a desenvolver-se a crescer, até produzir o fruto sadio.
5 Certamente, o fruto novo teria anhelado a continuação da calma no depósito em que jazia indolente, mas a lei do progresso, esmigalhou-lhe, transformando-o em farinha.
6 E, sem dúvida, a farinha estimaria a inércia, entretanto, a mesma lei inexorável, submeteu-a à influência do fogo para metamorfoseá-la no pão que te reconforta.
7 Não especifiques caprichos e exigências, diante do Eterno Pai.
8 Jesus Cristo, o Governador da Terra, passou entre os homens como o servidor que obedece, desde a Manjedoura, que O acolhia dentro do mundo que O expulsava, até à cruz de flagelação e martírio que não mereceu.
9 Aprendamos a aceitar as dores expiatórias que nós mesmos criamos pelos desregramentos do passado que revive no presente e, a respeitar, acima de tudo, na lei do sacrifício próprio, com serviço incessante no bem de todos, a melhor maneira de nascer, viver, morrer e renascer de novo na Terra, até alcançarmos, vitoriosos, o Divino Horizonte de nossa Eterna Ressurreição.
Emmanuel